segunda-feira, 4 de março de 2019

Se partiu... Despedaçou, se espatifou e agora dói.

Dói uma dor aguda e silenciosa que ao mesmo tempo que faz a alma gritar, transforma o grito em lágrima que sufoca e  faz desfocar a visão.

O olho, inundado de dor e sentimento já não se fixa em lugar algum, porque olha pra dentro, fingindo olhar o chão.


Então espera silenciosa e paciente, pelo sono dos justos, para que durante seu descanso, possa viver sua dor sem pudor.

Não é hipócrita, tão pouco covarde, pois esconde sua dor não por medo ou vergonha, só prefere ouvir os gritos da alma no silêncio da madrugada, onde não é necessário pensar em nada, além de si e de sua dor.

Acontece

Ela deveria ter percebido.

Deveria ao menos ter imaginado que algo assim aconteceria.

Mas não pensou.

Não se preveniu.

Sequer imaginou.

Então aconteceu.

Como sempre acontece.

 Aconteceu!

Imaginou o infindável, desejou o impossível, sonhou com o mágico e se deparou com o fim de tudo.

Achou que viveria para sempre o amor em sua essência mais pura e por fim, deparou-se com a realidade mais dura.

Enfim percebeu que não há o tal amor eterno, nem o "viveram felizes para sempre", porque até o pra sempre acaba, e, na boca, sobra só fel.

Depois disso, só restam as lágrimas e o pesar, por enfim se dar conta de que mesmo acompanhada, estará só, rodeada somente de desejos frustrados, sonhos despedaçados e cacos de seu coração partido.