sexta-feira, 19 de abril de 2013

Indo e Vindo...


A vida é mesmo muito estranha e eu diria que algumas vezes interessante.

Estranha porque quando tudo parece estar no lugar, quando tudo parece estar perfeitamente encaminhado e “engatilhado”, o trem descarrilha, o carro se desgoverna, alguém puxa o gatilho e tudo sai do lugar.

Aquilo que imaginávamos ser para sempre, acaba. O que parecia ser certo, simplesmente deixa de ser.

De uns tempos pra cá, por razões minhas, perdi a fé nas pessoas. Perdi o amor pelo meu próximo.

Veja, não estou dizendo que perdi minha capacidade de me compadecer daqueles que necessitam, que deixei de sentir compaixão pelos menos afortunados. Não! Estou dizendo que perdi a crença, a fé, o amor por aqueles que me cercam ou que me cercaram em algum momento.

Caí num absoluto descaso para com o que o outro possa ser, porque assim, não dando importância, não crio expectativas e não me decepciono mais.

Mas a vida, de seu modo estranho, insiste em me colocar em lugares e situações nas quais por mais que eu não queira, quero estar! Quero me importar, quero saber, quero ter certeza e não quero me decepcionar, mesmo me lançando no abismo da incerteza que só pode chegar ao solo frio da decepção.

Então percebo que a vida, quando quer ser interessante, me mostra que estamos constantemente indo e vindo. Indo em busca de algo que nos faça bem e vindo com o resultado dessa busca, seja ele positivo ou negativo.

Nesse momento, minha busca vai de encontro com aquilo que já fui um dia, com aquilo que se perdeu em algum momento ou lugar. Busco recuperar a fé nas pessoas, o amor pelo meu próximo, e, a crença de que o bem existe nessas pessoas.

Descobri que necessito recuperar a fé em mim e não no outro. O amor por mim e não pelo meu próximo. Preciso voltar a sentir que o bem existe em mim, pois só assim, conseguirei acreditar e amar você, que é meu próximo.

Portanto, estou indo e espero que daqui pouco tempo, você consiga me enxergar vindo, cheia amor, fé e crença em nós...

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Faz tempo...


Faz tempo que não escrevo. Na verdade, só hoje me dei conta de que o ano começou faz tempo e não publiquei nada, não escrevi nada...

Ontem, conversando com uma pessoa, recebi uma crítica um tanto dura, porque de certa forma, meus textos passam um pouco de egoísmo, talvez muito, segundo ele.

Fiquei pensando nisso. Não há como não ser egoísta, já que o blog não é um fórum onde outras pessoas interagem. Ele simplesmente é aquilo que penso, sinto, vivo, enfim, é minha opinião e visão sobre fatos, coisas e pessoas. É quase como falar sozinha, me olhando no espelho.

Então, sendo bem egoísta, mas muito egoísta mesmo, hoje vou escrever somente sobre mim! Não sobre você, seus problemas, suas visões, suas necessidades, nem tão pouco seus sentimentos.
Hoje, “it`s all about me!”.

Faz tempo que não sinto amor. Não amor distante ou amor irreal, mas amor de verdade, amor de todo dia, amor que se vive. Esse amor, faz tempo que não sinto.

Faz tempo que não sinto compaixão. Não de mim para com o outro, mas do outro para comigo. Não sinto que exista no mundo alguém capaz de se compadecer de minha dor, porque de fato, ninguém no mundo faz ideia das dores que sinto, porque sou egoísta e as guardo só pra mim.

Faz tempo que não durmo sem ter hora ou razão pra acordar. Sou acordada diariamente pelo meu despertador biológico, pelo meu senso de responsabilidade, pelos meus filhos, pela vontade de fazer xixi, enfim...

Faz tempo que não sei o que é ficar um dia sem tomar remédio para dor de cabeça, aliás, faz tempo que não sei o que é não ter dor de cabeça.

Faz tempo que meu coração bate sozinho, sem que eu perceba. Ele simplesmente bate, e, talvez, um dia desses, ele também pare sem que eu perceba, porque faz tempo que deixei de sentir que tenho um coração.

Faz muito, mas muito tempo mesmo que não conheço alguém por quem valha a pena me apaixonar, então decidi não mais tentar. Sendo egoísta, estou tentando me apaixonar por mim.

Faz tempo que deixei de acreditar nas pessoas. Hoje só acredito em duas pessoas, que são parte de mim e rezo para que eles nunca deixem de acreditar em mim.

Fazia muito tempo que eu não sentia necessidade, razão ou motivação para escrever, então hoje, sendo muito egoísta, decidi escrever só sobre mim e sendo assim, egoísta, pouco importa sua opinião, que aliás, faz tempo que não levo em consideração.