A vida é mesmo muito estranha e
eu diria que algumas vezes interessante.
Estranha porque quando tudo
parece estar no lugar, quando tudo parece estar perfeitamente encaminhado e “engatilhado”,
o trem descarrilha, o carro se desgoverna, alguém puxa o gatilho e tudo sai do
lugar.
Aquilo que imaginávamos ser para
sempre, acaba. O que parecia ser certo, simplesmente deixa de ser.
De uns tempos pra cá, por razões
minhas, perdi a fé nas pessoas. Perdi o amor pelo meu próximo.
Veja, não estou dizendo que perdi
minha capacidade de me compadecer daqueles que necessitam, que deixei de sentir
compaixão pelos menos afortunados. Não! Estou dizendo que perdi a crença, a fé,
o amor por aqueles que me cercam ou que me cercaram em algum momento.
Caí num absoluto descaso para com
o que o outro possa ser, porque assim, não dando importância, não crio
expectativas e não me decepciono mais.
Mas a vida, de seu modo estranho,
insiste em me colocar em lugares e situações nas quais por mais que eu não
queira, quero estar! Quero me importar, quero saber, quero ter certeza e não
quero me decepcionar, mesmo me lançando no abismo da incerteza que só pode
chegar ao solo frio da decepção.
Então percebo que a vida, quando
quer ser interessante, me mostra que estamos constantemente indo e vindo. Indo
em busca de algo que nos faça bem e vindo com o resultado dessa busca, seja ele
positivo ou negativo.
Nesse momento, minha busca vai de
encontro com aquilo que já fui um dia, com aquilo que se perdeu em algum
momento ou lugar. Busco recuperar a fé nas pessoas, o amor pelo meu próximo, e,
a crença de que o bem existe nessas pessoas.
Descobri que necessito recuperar
a fé em mim e não no outro. O amor por mim e não pelo meu próximo. Preciso
voltar a sentir que o bem existe em mim, pois só assim, conseguirei acreditar e
amar você, que é meu próximo.
Portanto, estou indo e espero que
daqui pouco tempo, você consiga me enxergar vindo, cheia amor, fé e crença em
nós...
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