quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CONFUSA

Espera!

Fica mais um pouco!

Não vai ainda não...

De verdade?! Parece que se a gente se separar agora, talvez eu nunca mais te encontre... Sei que é loucura, parece carência e insegurança, mas é assim que sinto.

Desculpa! Não quis te assustar. Pareço louca né?!

Entendo se você for embora e não me procurar mais, afinal, segundo o que dizem, para prender, temos que soltar, para que haja vontade de ficar, temos que deixar que vá, para que volte, temos somente que esperar.

Mas não sei esperar, não sei deixar, não sei soltar... então, acho que só me resta perder, não é mesmo?!

Esses dias te vi com outra pessoa. Claro que você sabe que te vi, porque sei que foi proposital.

Essa semana, percebi que não gosta verdadeiramente de mim, aliás, nunca gostou. Só me viu como objeto e assim me tratou, e eu, me deixei iludir, porque queria viver.

Ontem me vi outra vez sorrindo de canto, suspirando, imaginando e esperando por uma ligação que não recebi, por uma mensagem não respondida, por um sinal que não chegou.

Me faço de indiferente sempre! Sim! Sempre! Digo que sou consciente, que estou ciente e que conseguirei me manter numa zona confortável e segura, dentro da total ignorância e falta de sentir. MENTIRA! TUDO MENTIRA!

Sinto, espero, quero e desejo muito!

Você, que está com outra pessoa, de verdade, quero que fique bem e feliz. Só não quero ver mais, não quero saber mais, não quero acompanhar você enquanto me esquece de vez... Sei que é loucura, mas é assim! Dói ver que sou passado.

Você que me mostrou que sou só um pedaço de carne... só posso dizer que sinto muito. Não por você, mas por mim. Por mim que suspirei, acreditei, me entreguei e quis muito ser parte de você, como te senti parte de mim... Sinto muito, mas não quero mais e não serei mais seu nada... Quero ser o tudo de alguém e enquanto perder meu tempo com você, não estarei dando espaço para que esse alguém me encontre.


E quanto a você, que me fez suspirar, mas não ligou... sinto em dizer que não tenho uma zona de conforto e segurança, então, se me ligar, direi sim. Se me procurar, direi sim. Se me quiser, direi sim...

Em Perspectiva

Acordei com vontade de escrever hoje.

Motivo?! Não sei ao certo...

Assunto?! Também não sei. Descobriremos à medida que eu for avançando, linha por linha.

Esses dias, estive pensando muito sobre relações e relacionamentos. Sobre acaso, destino e providencia. Sobre o que nos cerca e o que passa. Sobre a forma como o mundo nos vê, como nos mostramos e como acreditamos ser.

Ando meio cansada de futilidade e relações vazias, e, vejo diariamente que não sou a única. Tenho amigas ou conhecidas que relacionam-se e aceitam viver de migalhas sentimentais por conta do medo da solidão e da falta de opção.

Nos iludimos com historias criadas por nós mesmas, porque temos medo de perguntar a verdade e ouvir com todas as letras que não há nada vindo do lado de lá, além de um grande e imenso vazio.

Hoje, primeiro dia útil de 2014, me pego ainda meio preguiçosa, meio sem vontade de começar o ano, meio esperançosa sobre o que virá e ao mesmo tempo desanimada pois talvez já esteja ciente de que se este ano seguir o ritmo dos demais, então, nada virá.

Na virada do ano, meus pequenos me perguntaram porque as pessoas soltam fogos, fazem festa, gritam e ficam eufóricas quando o relógio bate meia noite e eu, de maneira poética, expliquei que é um momento especial, porque cada um daqueles fogos representa uma esperança que se renova, um desejo lançado ao acaso, uma meta estabelecida, uma chance de recomeço, uma razão para esquecer o que fez mal, perdoar, amar e viver. Enfim... poesia para crianças e ilusões para adultos.

Hoje, meu coração de adulta deseja a poesia de criança, para acreditar, me entregar, me deixar entorpecer e viver o que for ilusão ou realidade.

Então hoje, fiz algo diferente dos demais anos. Apaguei a memória do celular, afim de dar espaço pro novo, para aquilo que realmente deverá e fará parte deste ano novo. O que passou, no ano passado ficou e se alguém me ligar hoje, então fará parte de 2014, se não ligar, então ficará lá no ano que passou.

Não estourei fogos à meia noite, apenas assisti e me senti parte do desejo daquelas pessoas, não como agente, mas como expectadora.

Essa noite, recebi a visita de um gavião, que pousou pertinho da minha janela e piou longamente, enquanto me olhava. Gaviões no céu são um sinal para mim, de que coisas novas e boas virão e se este, especificamente, pousou e me fitou, então, creio que este não foi só um sinal, mas um aviso de que coisas grandiosas estão por vir e agora, é só esperar...


Acho que é isso... minha vontade de escrever ainda não passou, mas por agora, fico por aqui... mais tarde tem mais...