Acordei com vontade de escrever
hoje.
Motivo?! Não sei ao certo...
Assunto?! Também não sei.
Descobriremos à medida que eu for avançando, linha por linha.
Esses dias, estive pensando muito
sobre relações e relacionamentos. Sobre acaso, destino e providencia. Sobre o
que nos cerca e o que passa. Sobre a forma como o mundo nos vê, como nos
mostramos e como acreditamos ser.
Ando meio cansada de futilidade e
relações vazias, e, vejo diariamente que não sou a única. Tenho amigas ou
conhecidas que relacionam-se e aceitam viver de migalhas sentimentais por conta
do medo da solidão e da falta de opção.
Nos iludimos com historias
criadas por nós mesmas, porque temos medo de perguntar a verdade e ouvir com
todas as letras que não há nada vindo do lado de lá, além de um grande e imenso
vazio.
Hoje, primeiro dia útil de 2014,
me pego ainda meio preguiçosa, meio sem vontade de começar o ano, meio
esperançosa sobre o que virá e ao mesmo tempo desanimada pois talvez já esteja
ciente de que se este ano seguir o ritmo dos demais, então, nada virá.
Na virada do ano, meus pequenos
me perguntaram porque as pessoas soltam fogos, fazem festa, gritam e ficam eufóricas
quando o relógio bate meia noite e eu, de maneira poética, expliquei que é um
momento especial, porque cada um daqueles fogos representa uma esperança que se
renova, um desejo lançado ao acaso, uma meta estabelecida, uma chance de
recomeço, uma razão para esquecer o que fez mal, perdoar, amar e viver.
Enfim... poesia para crianças e ilusões para adultos.
Hoje, meu coração de adulta
deseja a poesia de criança, para acreditar, me entregar, me deixar entorpecer e
viver o que for ilusão ou realidade.
Então hoje, fiz algo diferente
dos demais anos. Apaguei a memória do celular, afim de dar espaço pro novo,
para aquilo que realmente deverá e fará parte deste ano novo. O que passou, no
ano passado ficou e se alguém me ligar hoje, então fará parte de 2014, se não
ligar, então ficará lá no ano que passou.
Não estourei fogos à meia noite,
apenas assisti e me senti parte do desejo daquelas pessoas, não como agente,
mas como expectadora.
Essa noite, recebi a visita de um
gavião, que pousou pertinho da minha janela e piou longamente, enquanto me
olhava. Gaviões no céu são um sinal para mim, de que coisas novas e boas virão
e se este, especificamente, pousou e me fitou, então, creio que este não foi só
um sinal, mas um aviso de que coisas grandiosas estão por vir e agora, é só
esperar...
Acho que é isso... minha vontade
de escrever ainda não passou, mas por agora, fico por aqui... mais tarde tem
mais...
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