quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Em Perspectiva

Acordei com vontade de escrever hoje.

Motivo?! Não sei ao certo...

Assunto?! Também não sei. Descobriremos à medida que eu for avançando, linha por linha.

Esses dias, estive pensando muito sobre relações e relacionamentos. Sobre acaso, destino e providencia. Sobre o que nos cerca e o que passa. Sobre a forma como o mundo nos vê, como nos mostramos e como acreditamos ser.

Ando meio cansada de futilidade e relações vazias, e, vejo diariamente que não sou a única. Tenho amigas ou conhecidas que relacionam-se e aceitam viver de migalhas sentimentais por conta do medo da solidão e da falta de opção.

Nos iludimos com historias criadas por nós mesmas, porque temos medo de perguntar a verdade e ouvir com todas as letras que não há nada vindo do lado de lá, além de um grande e imenso vazio.

Hoje, primeiro dia útil de 2014, me pego ainda meio preguiçosa, meio sem vontade de começar o ano, meio esperançosa sobre o que virá e ao mesmo tempo desanimada pois talvez já esteja ciente de que se este ano seguir o ritmo dos demais, então, nada virá.

Na virada do ano, meus pequenos me perguntaram porque as pessoas soltam fogos, fazem festa, gritam e ficam eufóricas quando o relógio bate meia noite e eu, de maneira poética, expliquei que é um momento especial, porque cada um daqueles fogos representa uma esperança que se renova, um desejo lançado ao acaso, uma meta estabelecida, uma chance de recomeço, uma razão para esquecer o que fez mal, perdoar, amar e viver. Enfim... poesia para crianças e ilusões para adultos.

Hoje, meu coração de adulta deseja a poesia de criança, para acreditar, me entregar, me deixar entorpecer e viver o que for ilusão ou realidade.

Então hoje, fiz algo diferente dos demais anos. Apaguei a memória do celular, afim de dar espaço pro novo, para aquilo que realmente deverá e fará parte deste ano novo. O que passou, no ano passado ficou e se alguém me ligar hoje, então fará parte de 2014, se não ligar, então ficará lá no ano que passou.

Não estourei fogos à meia noite, apenas assisti e me senti parte do desejo daquelas pessoas, não como agente, mas como expectadora.

Essa noite, recebi a visita de um gavião, que pousou pertinho da minha janela e piou longamente, enquanto me olhava. Gaviões no céu são um sinal para mim, de que coisas novas e boas virão e se este, especificamente, pousou e me fitou, então, creio que este não foi só um sinal, mas um aviso de que coisas grandiosas estão por vir e agora, é só esperar...


Acho que é isso... minha vontade de escrever ainda não passou, mas por agora, fico por aqui... mais tarde tem mais...

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