quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Fiel à sua essência...


Ela sempre foi assim.

Desde que a conheço, jamais mudou!

Impulsiva, inconsequente, atirada, destemida, extremamente competitiva e emocionalmente burra!

Sempre se mostrou demais, sempre se expôs demais, sempre se entregou demais.

Mas se não fosse assim, não teria vivido tantos amores, não teria tido tantas paixões, não teria sofrido tantas desilusões, tão haveria conquistado tantos desafetos, mas também não teria sequer experimentado tanto tudo.

Numa de suas desventuras, procriou, num de seus desafetos, cresceu, e, em sua mais recente desilusão, criou.

Tudo o que a torna menos, a faz ser mais, e, tudo o que a diminui, também a engrandece.

Pensa que ela se incomoda com isso?! Não! De forma alguma!

Orgulha-se em ser pecadora, ostenta sua burrice emocional, pois assim, torna-se imune a qualquer tipo de porém, senão, sequer ou reticência.


Vive cada um de seus erros e alimenta-se de suas lágrimas, pois quando sente o sal, torna-se sorriso.

Tem medo. Tem muito medo, mas nenhuma vergonha.

Não tem vergonha de correr riscos se for para viver algo bom, não tem o menor pudor em dizer o que quer e como quer. Não se nega e não nega ao outro aquilo que quer dar e receber.

Retira-se do mundo quando necessário, entrega seu coração à mais simples promessa, contenta-se com o mais singelo amor, e quando não é amor, vive com intensidade e desejo o que o momento apresenta.

Será ela errada?! Será ela promíscua consigo e com outros?! Será ela leviana com o sentir?!


Não! De forma alguma! 

Desde que a conheço, sempre foi assim e creio que sempre será, não por teimosia ou burrice, mas por essência, por natureza, por ser fiel ao que é.

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