terça-feira, 9 de novembro de 2010

EU TE AMO!

Quando era mais nova, acreditava que “Eu te amo” teria o poder de curar toda e qualquer dor, eliminaria qualquer mal humor e que sempre viria acompanhado de um abraço apertado e um beijo tão longo quanto se pudesse agüentar.

Esperava ansiosa por essa pequena frase, tão enorme.

A primeira vez que ouvi, foi no meio de uma conversa descontraída, de um namoro adolescente, assim, totalmente displicente e não veio acompanhado de emoção, abraço, beijo, nada!

Foi dito de uma maneira tão comum que minha reação foi “você sente o que?!” e a resposta “ah, você me ouviu!”...

Não houve repetição, música de fundo, a luz, o clima...
E com a mesma importância que foi dito, ele foi posto de lado e acabou.

Depois disso, ouvi essa frase que era tão importante, ser dita um infinito de vezes de forma vazia. De mentira.

Virou coisa comum se amar de mentira.

Descobri que é fácil, muito fácil dizer “Eu te amo”, mas também descobri o quanto é difícil encontrar alguém que realmente esteja disposto a fazer e viver  o “Eu te amo”.

EU TE AMO!

Isso deveria unir e atrair pessoas.
Mas ao invés disso, nesse mundinho de mentirinhas e enganações, essas três palavrinhas quando ditas assim juntinhas dependendo do momento, tem o poder de afastar o mais bravo guerreiro, o mais valente lutador, o mais forte dos homens.

Não posso dizer por todas as mulheres, mas falando por mim, de tanto ouvir essa frase de maneira tão banal, não tenho reação alguma.

EU TAMBÉM!

Ta certo isso?!

É como se eu ouvisse “oi, tudo bem?!” e respondesse “tudo, e você?!”
Muitas vezes, quem pergunta, não quer mesmo saber se estou bem, está só cumprindo o protocolo e eu, também para cumprir o protocolo, digo que sim, mesmo não estando, e retorno a pergunta também não querendo saber a resposta.

De repente, seria melhor então, começar a fazer diferente, ao invés de dizer “oi”, deva dizer “eu te amo” e aí, o outro responde “eu também”.

EU TE AMO!
EU TAMBÉM!

É isso! A partir de hoje, não espero mais por essas três palavras, já que não fazem mais o sentido que faziam na minha adolescência.

Espero agora por um “oi”, que virá acompanhado da luz, da música, da magia e de tudo mais.
E depois de ouvir essas duas letrinhas tão cheias de sentido, vou sentir o corpo todo tremer, então terei meu abraço apertado e o beijo que sempre esperei.

Um suspiro e um Oi...

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