sexta-feira, 27 de junho de 2014

QUEM PROCURA O AMOR?!



Essa semana foi de muita reflexão acerca do assunto AMOR...

Pensei e divaguei sobre amor de pais, de filhos, de irmãos, parentes e afins, mas o amor que realmente nos incomoda ou a falta dele nos consome, é o amor romântico, o amor do outro, o amor para o outro... esse sim, preenche cada minuto do dia.

Daí, fiquei pensando porque está tão complicado amar, porque é tão difícil encontrar quem me ame e porque é tão complicado tudo o que envolve essa palavrinha tão pequena e tão grande.

Uma vez escrevi que é muito fácil DIZER “eu te amo”, mas que é difícil FAZER eu te amo e que está tão banal dizer, que virou coisa comum, por isso, eu aguardo pacientemente por aquele “oi” que me faça levitar.

Também li recentemente um texto de um amigo, explicando que não faltam solteiros, e que também não são as mulheres independentes demais que afastam os homens, mas o que realmente nos afasta é a variedade, a possibilidade de frequentar um mercado tão vasto em opções e por isso estamos sempre sozinhos, porque esperamos sempre que uma oferta melhor seja feita, que um material melhor se apresente.

No meu caso, já não acho que seja escassez de solteiros, ou variedade do mercado, mas a indisponibilidade de amor.
Houve um tempo que os rapazes encontravam-se dispostos e disponíveis o tempo todo, então, eu era surpreendida a todo instante, e a falta de surpresa e indisponibilidade, ou a previsibilidade que encontro hoje, não me causam interesse e não se mostram merecedores do tal amor. Ao menos, não do meu amor!

Há alguns anos atrás, quando gravar um CD era coisa de outro mundo, um pretendente gravou um CD com músicas que me viu cantar num videoke, com um bilhetinho todo escrito em japonês, se declarando... Tenho o CD até hoje e nele está escrito “To my dear Paula”.

Tinha um garoto que saia de onde estivesse pra me buscar! Me lembro de estar presa em uma enchente uma vez e bastou minha mãe dizer que eu estava presa num alagamento e pronto! Lá estava ele pra me salvar!

Uma vez, acordei com uma mensagem no celular perguntando se eu havia gostado das flores. Só entendi a mensagem, quando abri a porta de casa e vi que ele jogou dúzias e dúzias de gérberas no meu quintal, para me surpreender. Então, às seis da manhã, meu quintal estava lindo, com as minhas flores favoritas e meu sorriso de orelha a orelha.

Enfim, houveram muitos outros pretendentes e muitas outras demonstrações, mas nenhuma demonstração atual, supera o que vivi no passado. Há hoje uma expectativa acerca do amor, que não há como ser superada ou atingida através do que vivo todos os dias!

Tenho pretendentes hoje, mas não tenho gérberas, nem CDs, nem heróis, só caras que se pré-dispõe, mas não se tornam de fato viáveis ou disponíveis. Há sim um monte deles que quer me levar pro motel, que me mandam carinhas e figurinhas via redes sociais e celular, mas não há aquele que proporcione um sorriso de orelha a orelha.

Não costumo convidar pessoas pra minha casa, porque quando o faço, estou convidando para a minha vida e pra isso acontecer, tem que ser especial e aí, quando faço isso, quero que a pessoa venha, então, quando não vem, ela está me dizendo que não quer entrar na minha vida, então, minha expectativa cai.

Me lembro de um desses pretendentes do passado ter um compromisso com a família num dia que o convidei para jantar, ele, para não desmarcar com a família, não foi me ver, mas estava na minha porta as cinco da manhã, com uma cesta de café da manhã. Acho que não preciso explicar isso né?!

Então, não é o amor que não me procura, ou eu que falho em minha busca, é só uma questão de expectativa e perspectiva!

No CD, havia Apenas mais uma de amor, do Lulu Santos, Djavan com Pétala e Meu bem querer, Phil Collins com Against All Odds e mais algumas outras tantas que só quem me conhece de verdade e se dá ao trabalho de prestar atenção, entende o que significam pra mim.

Entende agora porque encontrar o amor é difícil?! Porque quero o amor de entrega, de cuidado, de atenção e devoção e amor assim, não acontece todo dia...

O amor e a agonia cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio, o cio vence o cansaço
E o coração de quem ama fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando, que nem o meu nos seus braços
(Djavan – Faltando um Pedaço)

Como posso eu simplesmente deixar você ir embora?
Simplesmente deixar você partir sem deixar rastros?
Quando eu fico aqui a cada respiração com você, ooh!
Você é a única que realmente me conheceu por inteiro.
(Phil Collins – Against All Odds)

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim, ficar
Subentendido
Como uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
(Lulu Santos – Apenas Mais Uma de Amor)

Oh! meu amor!
Viver
É todo sacrifício
Feito em seu nome
Quanto mais desejo
Um beijo, um beijo seu
Muito mais eu vejo
Gosto em viver
Viver!
(Djavan – Pétala)


Meu bem querer
Meu encanto, estou sofrendo tanto
Amor, e o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor
(Djavan – Meu bem querer)


quinta-feira, 26 de junho de 2014

PAQUERAR OU NÃO PAQUERAR?!


Ontem eu estava no hospital com uma das minhas irmãs, aguardando que ela fosse atendida no PS e, ela, sendo expansiva e atenta a tudo o que se passa, mesmo com febre, notou que dois rapazes me olhavam.

“Nega!” Olha pra eles! – Ela dizia empolgada...

Pois bem! Desde ontem, passei a me lembrar das minhas paqueras e do quão boa eu era nisso. Sim, era! Do verbo NÃO SOU MAIS, porque hoje, além de não encontrar ocasião ou lugar para paquerar,  geralmente há uma voz ao meu lado dizendo “MÃE! MÃE! MÃÃÃÃAEEEE!” , então, qualquer possibilidade de paquera atual inexiste!

Me lembrei de uma época em que eu ensinava minhas amigas a forma de olhar, encarar, ou chamar atenção de um garoto, que sempre vinha ao meu encontro quando eu queria. Era infalível! Na faculdade, um amigo me chamava de fodástica, porque não havia homem/menino/carinha difícil pra mim!

Pois bem! Decidi pensar e repensar nos locais e ocasiões onde realmente há a possibilidade de uma paquera bem sucedida surgir, então, a seguir, escrevo minha sincera visão a respeito:

Pronto-Socorro / Hospital

A paquera pode existir e ser bem sucedida se você for acompanhante, pois sendo paciente, provavelmente estará com dor, febre, vomitando, se desfazendo em diarreia, com olheiras e mal hálito, então, o melhor a fazer é não olhar pra nada, nem ninguém! Em minha última consulta em hospital, sendo paciente, a frase mais bonitinha que ouvi do médico foi: “Por favor, não vomite em mim!”, enquanto ele segurava o cesto de lixo pra eu não sujar o chão do consultório dele. Pensando pelo lado carente, a imagem é fofinha né?! Eu já sem ar e nada no estômago e ele segurando o lixo, com ar de preocupação..., mas na prática é deprimente!

Isso também se aplica ao paquerado, pois se estiver doente, catarrento, mal acabado, etc, a ultima coisa que ele quer é ser notado no pronto-socorro! Portanto, não tente!

Então, no hospital, vale paquerar o acompanhante do doente, se vc também for acompanhante de doente, se não, nada feito!




Consultório do Dentista

Não acho a paquera válida nesse caso. Se vc está no dentista é porque precisa de alguns cuidados, se estiver com bafinho de onça, melhor manter a boquinha fechada. Além disso, depois que sair do consultório com a boca torta de anestesia, um sorriso esquisito vai passar a pior das impressões e não sorrir, passa a impressão de antipatia, então, melhor não se aventurar.

Se for só limpeza, tudo bem, mas troque telefones antes de entrar no consultório, porque depois da limpeza, sempre tem algo respingado no rosto, restinho de sal no queixo, etc, daí a pessoa vai falar com vc olhando só o que está errado no seu rosto e a probabilidade de te ligar é bem baixa.



Academia: 

Minha opinião sobre academias pode estar furada, mas os meninos vão pra academia disputar com outros meninos o quanto os músculos estão desenvolvidos e o cérebro atrofiado, então, fazem poses e caretas no espelho para si mesmos, enquanto as meninas desfilam roupinhas super justas tentando chamar atenção deles, sem serem notadas. Isso, claro, falando dos bombadinhos e das gostosas, que obviamente não me incluo. Faço parte da turminha mais madura, que tem que se exercitar em outros horários e que raramente encontram pessoas da mesma turma, então, academia é só pra malhação mesmo!



No Parque

Pra quem faz caminhada diária, sempre no mesmo horário e percurso, tende a encontrar sempre a mesma turma, então, se rolar uma paquera, é interessante, porque são pessoas que não tem pressa, desenvolvem empatia, olhares que se cruzam, daí viram estimulo para o próximo dia, então um “oi”, um sorriso, uma conversa e a coisa flui! No meu caso, não dura muito porque quando a conversa acontece, descubro que trata-se de homens casados, compromissados, etc, mas, quem sabe o dia de amanhã, não é mesmo?!




No restaurante: 

Sim e não! Sim porque há aquela paquera gostosa, de repente se almoça todos os dias no mesmo lugar, encontra sempre as mesmas pessoas e numa dessas, você ganha um bom-bom, um chocolatinho, depois um telefone escrito num guardanapo, enfim, é legal! Só não é legal se for quarta-feira, poque é dia de feijoada, então, fica uma casquinha do feijão preto grudado no dente da frente, uma couve num dente do lado direito e uma carninha em outro dente do lado esquerdo. Atente-se a isso!




Na balada: 

Não há paquera ali! Só pegação! Se vc ainda é jovem e curte pegar e desapegar, tudo certo! Não tem conversa, só olhar, gostar e agarrar, mas nem adianta dar telefone, porque no dia seguinte, a pessoa com quem você se atracou não vai lembrar do seu rosto.






No transito: 

Taí uma ocasião interessante pra paquera. Já quase namorei um carinha que conheci no transito, mas ele era muito carente e pegajoso. Não dava! Mas já troquei telefones algumas vezes e foi bem bacana! Na ultima, tudo ia fantasticamente bem, até ele olhar meu facebook e descobrir que tenho filhos. Geralmente quem paquera no transito é novinho demais, ou já é coroa, casado e nos dois casos, to fora “da curva”, mas de toda forma, é sempre divertido, já que o carro está parado, entre primeira e segunda marcha, sorrir pro carro do lado faz o tempo passar.





Veterinário: 

Se você tem um cachorro e o paquerado também, não dá pra paquerar porque enquanto vocês se olham, os cachorros se estranham e cruzam as guias em suas pernas, então, a vergonha é inevitável. 

Agora, se for paquerar o veterinário (a) é interessante, porque enquanto ele examina seu bichinho, você demonstra seu afeto por animais e o quanto vocês tem em comum! Então, enquanto ele (a) enfia um termometro no fiofó do seu cachorrinho, gatinho ou tartaruga, você faz carinha de paisagem! Se despede com beijinho no rosto sem aperto de mãos e pronto! Adiciona no Whatsapp e começa enviando fotos do bichinho... logo, logo estarão trocando fotos de si mesmos e aí pronto! Paquera gostosa mesmo!!! Acho que preciso comprar um cachorro!...



Redes Sociais e Páginas de Relacionamento: 

Acho o fim do fim! Não existe paquera e o que rola são pessoas procurando sexo e variedade. Sem contar que no mundo virtual, todo mundo é lindo e perfeito e, daí, quando o virtual vem pro mundo real, a história é bem diferente! Conhecer alguém realmente bacana pela internet é quase ganhar na loteria.








No trabalho: 

“Onde se ganha o pão, não se come a carne!”... BULLSHIT!! Se não for chefe, não ocasionar assédio sexual ou moral, acho válido! O local de trabalho te propicia conhecer o caráter, o comportamento, como se veste, como come, como se relaciona e dá pra evoluir em histórias bem interessantes. Só não é válido “rodar a banca” e sair com todo mundo do escritório, porque aí corre-se o risco de cair na boca da rádio peão e perder o emprego, porque sua conduta profissional hoje em dia também é medida através da forma como se relaciona ou não no ambiente de trabalho e em alguns casos, relacionar-se demais, não é bem visto.



De resto, no mercado não dá, no açougue também não, na verdade, comércio em geral não existe paquera, a não ser que seja o dono do mercado, do açougue ou da padaria...

Hum... nesse momento não me ocorre nenhuma outra ocasião ou possibilidade, mas aceito sugestões, críticas ou comentários... Também posso se encontrada no facebook, whatsapp e afins, então, se tiver um amigo, irmão, vizinho interessante, apresenta aí! Paquera entre pessoas em comum também são bem interessantes!



segunda-feira, 16 de junho de 2014

Passado, Presente e Futuro


Dei uma olhada no meu passado hoje.

Aos 25 anos tinha tantos planos! Mas os planos que Deus pra mim eram outros, então, vieram filhos, erros, acertos, amores, desamores e tantas coisas que me fizeram repensar, desistir, abdicar e hoje, cá estou, com mais de 50 anos de vida e talvez menos de 30 anos realmente vividos. Não sei se de maneira certa ou errada, mas, vividos!

Quando adolescente, não queria saber de religião, pois minha religiosidade não dependia de seguir esta ou aquela doutrina e quando finalmente, aos 35, já não mais impetuosa e adolescente, escolhi uma doutrina, mas meus erros vividos não me permitiram segui-la. Eu não era boa o bastante.

Quando adulta, escolhi errado, casei errado, vivi errado e a única coisa certa que fiz (acho) foi ser mãe, e, enquanto mãe, não tive tempo para ser mulher, amante, namorada e esposa, além disso, não conseguia ver ou imaginar alguém que pudesse caminhar ao meu lado, que pudesse amar meus filhos como mereciam e ainda merecem, que pudesse entender meu cansaço, mal humor, fragilidade e força, então, abri mão do amor e decidi ser somente mãe.

Hoje, meus pequenos não são mais pequenos, não tenho mais que acordar de madrugada para cobrir, para fazer mamadeira, para medir temperatura. Hoje, meus grandes tem suas vidas e não tem mais tempo para serem filhos, pois são namorados, amantes, maridos, esposas, então, hoje, que tenho tempo, não sou mais o que era. O tempo não parou e eu fiquei.
(...)


Hoje, dei uma olhada no meu presente.

Me lembro de na adolescência me imaginar num futuro tão diferente e tão claro! O que vejo e vivo hoje é turbilhão e tormenta, então, se eu não parar pra arrumar a casa, não haverá futuro, pois o futuro do meu passado foi bem diferente do presente que vivo.

Percebi que errei muito e tanto que de alguma maneira, tenho receio do que será! Tenho receio de que alguns erros não tenham mais remédio e eu tenha que conviver com isso para sempre e percebo que talvez, a lição seja exatamente essa, conviver com meu erro.

Vi que preciso planejar alguns passos, para não mais errar e principalmente, devo me dedicar à criação dos meus pequenos, para que cresçam como pessoas de bem, e, para que talvez errem menos que eu.
Percebi que preciso seguir um caminho de luz, de paz, pois só minha fé de hoje não me basta, sinto que preciso expandir, preciso dividir minha crença e fazer o bem!

Minha necessidade atual tem a ver com amor, com querer ser melhor, para que a vida de encarregue de também trazer o melhor pra perto de mim, mas principalmente, para que meus filhos sejam pessoas de amor e paz, pois só através do exemplo, poderei ensiná-los.

Então vi que preciso abrir mão de algumas coisas que me são necessárias hoje, mas não essenciais (eu acho), que me fazem falta e certamente me fariam feliz, mas tenho que adiar, como por exemplo, um amor, namorado, marido, amante, pois conquistá-lo e mantê-lo requer esforço e tempo e isso já está totalmente tomado pela construção do futuro que quero e espero, então, deixo para vivê-lo lá no futuro, quando tudo estiver no lugar, quando tudo se encaixar tão perfeitamente quanto planejo. Acho que aos 50 ainda serei jovem e terei tempo o bastante para viver tudo isso. Aos 50 terei tempo, espaço e tudo o que é necessário para viver o amor em sua plenitude.

Hoje, devo ser mãe e filha.

(...)




Falar sobre meu futuro é fácil! Será um lindo e grande futuro!

Se com 26 anos não estiver casada, serei mãe solteira! Afinal, quem precisa de marido?! Sei que sendo só mãe, serei e terei tudo o que sempre sonhei. Na verdade, acredito que uma mulher só se sente mulher de verdade, depois de se tornar mãe e creio que 26 seja a idade ideal!

Não sinto necessidade de seguir uma religião hoje, porque sei que Deus tem algo para mim e conhece meu coração, além de não saber qual doutrina é a correta ou a que mais se encaixa com meu pensamento e sentimento. Por agora, sei que Ele me ama, conhece meu coração e me abraçará quando for o momento certo. Quem sabe lá pelos 35...

Agora não pretendo me relacionar sério com ninguém não, porque sei que no futuro, mesmo que depois de ter um filho, encontrarei a pessoa ideal, que me amará incondicionalmente, que me aceitará rebelde e livre como sou e me admirará por isso! Por agora, me divirto com o que vivo!

Além disso, trabalhando como trabalho hoje, quando estiver com 36 anos, já terei tudo o que quero! Casa, carro, filho e marido ou namorado... sei lá!
Me vejo numa casa em tons claros, piso branco, um cachorrinho pequeno branquinho, eu de pés descalços, um jardim... acho que sensação de plenitude!

Sei que se eu errar, não será um erro irremediável e meu anjo de guarda, sempre de plantão, se encarregará de colocar tudo no lugar.
Não sei ao certo como será, mas seu que será bom! Basta que eu viva o presente, pois no futuro, serei feliz!

(...)



PRESENTE, PASSADO, FUTURO, HOJE, AMANHÃ, DEPOIS, NÃO IMPORTA QUANDO, NÃO IMPORTA SE, TALVEZ, DEPOIS, UM DIA.... o que realmente importa são as escolhas que fazemos, como nos construímos e principalmente, o que esperamos.

Não cheguei ainda aos 50, mas quis exercitar a imaginação e ver o que será ou seria de mim aos 50 e não gostei do que vi!

O que imaginei pro meu futuro de hoje, não aconteceu. O que imaginei pro meu passado de ontem, também não aconteceu, então pergunto: o futuro do futuro existe?!

Escrevi exatamente assim, fora de ordem e confuso, porque a vida é assim! 

Nós estabelecemos tempo e espaço para que tenhamos a sensação de controle, de expectativa e principalmente, para que possamos nos acalmar, adiar, protelar e repensar. Será real?! Será que estabelecer limites entre ontem e hoje são realmente uma maneira real de vida?!

Decidi cuidar da minha alma, da minha espiritualidade e isso me tem feito bem, mas no passado, em função de escolhas erradas, fiz algo que a doutrina que escolhi não aceita, então hoje, meu coração pesa uma tonelada, porque é como se Jesus em pessoa virasse as costas pra mim... E aí?!

Sinto e sei que preciso cuidar do meu corpo, pois para minha idade, sei e sinto que não estou exatamente saudável, mas não tenho tempo para exercícios físicos, não tenho dinheiro para médicos, então, faço o que posso com remédios e afins, mas sei que condeno cada um dos meus órgãos à falência a cada comprimido ingerido...  E aí?!

Peço diariamente para que a vida se encarregue de trazer alguém bacana pra minha vida, mas só encontro pessoas vazias e relações carnais, e, quando encontro alguém que parece ser bacana, afasto, porque não consigo administrar relacionamento, filhos, casa, mãe, irmãos e tudo mais, então, me alimento de relações carnais, porque são mais fáceis e me torno uma pessoa vazia... E aí?!

Não comando o hoje, porque o hoje é comandado por tudo o que está à minha volta, composto por uma série de fatores alheios à minha vontade, então, não sou dona do presente.

Não posso planejar o amanhã, porque além de não existir, pela experiência passada, será completamente diferente do que planejei.

E aí?!...

Aí percebo que não houve lugar no mundo para mim ontem...

Não há lugar no mundo para mim hoje....


E é bem provável que não haja amanhã...

Seja no presente, no passado ou no futuro...

segunda-feira, 9 de junho de 2014

SOBRE A COPA



Desde o episódio dos R$0,20 prometi que não me pronunciaria mais a respeito de política, cultura sócio econômica, reivindicações ou dessa natureza, mas não tenho como não fazê-lo! Porque sofro de incontinência verbal e quando vejo pessoas saindo pelas ruas, sendo usadas como marionetes e fazendo exatamente o que querem que elas façam, meu sangue ferve!

Há exatamente um ano atrás, as pessoas foram provocadas a irem às ruas por conta dos tais centavos e na verdade o que vinha por trás disso era muito maior. Mas, a onda foi contida e até pouco tempo, nada mais se fez ou ouviu.

Porque não era conveniente naquele momento que houvesse continuidade, porque havia a necessidade de aguardar até o momento certo, que é AGORA!

Agora, véspera de copa, temos novamente pessoas sendo provocadas e incitadas a reivindicar direitos, cobrar deveres, amedrontar pessoas e ameaçar usar sua força para impedir que o “espetáculo” aconteça, simplesmente porque não concordam com o que aí está!

De verdade?! Isso pra mim é mais do que ser ignorante! Sim! Está além de ignorar fatos! É insensatez, incoerência e burrice!

Na época dos centavos recebi criticas duras quando questionei porque o tal “Gigante” não se levantou na hora do voto e simplesmente não se virou de costas para as opções que eram apresentadas. Sim, porque os líderes de hoje foram escolhidos por pessoas em sã consciência, sem que fossem coagidos ou que não tivessem outras opções e mesmo que as opções apresentadas não fossem boas, porque então não se praticou a “Voz do Povo” para que em massa fossem anulados os votos. Um protesto assim teria meu total apoio!

O que vejo hoje são protestos cômicos no facebook, greves que só prejudicam a própria população, movimentos sindicalistas e agitadores que tentam e atentam contra o próprio povo!

Se eu não estou feliz com algo em minha vida, o que faço?! Mudo o que me incomoda! De que maneira faço isso?! Se não gosto do meu cabelo, corto! Se minhas finanças estão desreguladas, busco alternativas para acertá-las! Se meus filhos não estão educados como deveriam, reeduco!

Entrando um pouco mais à fundo, se corto meu cabelo e faço a escolha certa, ótimo! Se não, espero crescer pra acertar! Não tem outra opção! Então, se escolhi um mal governante, tiro-o do poder! E se ainda assim não der certo, aguardo até a próxima eleição e escolho melhor!

Se minhas finanças estão desreguladas, busco talvez um empréstimo, que obviamente acertará meu problema momentâneo, mas manterá minha dívida por mais um tempo e pior, se eu não controlar demais gastos, só aumento minha despesa, tendo comprometido e diminuído minha renda! Mas, e se eu decidir cortar os cartões, fazer acordos corretos, manter as contas na ponta do lápis e com um tempo devidamente previsto, saio do buraco dos juros e conquisto a tão almejada estabilidade financeira! Então, se escolhi certo meu governante, em tese, não posso esperar que ele arrume a casa fazendo mais despesas, pois assim como eu, deve fazer acordos, traçar rotas e possuir um plano correto, para que ao final do seu mandato, tenha condições de seguir uma vida estável e possua a possibilidade de uma reeleição, então, obviamente, meu candidato deve ter sua vida financeira regrada, ser bom estrategista, e o mais importante, seu currículo deve ser tão bom quanto o meu, pois estará cuidando do meu patrimônio!

Se meus filhos não foram corretamente educados, a responsabilidade é integralmente minha! E cabe a mim corrigir o erro. Como?! Batendo?! Punindo?! Castigando?! Se eu fizer isso, estarei coagindo, limitando, podando e alimentando um monstro que me engolirá quando crescer, porque surra não corrige erro de português, porque punição não melhora notas de matemática e castigo só corrompe o caráter. Além disso, se meus filhos hoje não estão educados, quem merece punição sou eu, que não soube educá-los e proporcionar a eles o que precisavam! Assim sendo, se a cultura do país em que vivo não é a de educar, como posso querer um povo educado?! Se a educação das crianças é tida como secundária, se a atenção e o tempo que deveríamos dedicar criando nosso futuro da maneira correta está muitíssimo aquém do ideal, como posso exigir que tenhamos escolas, lanches, instalações, material didático e professores melhores?! Como posso querer alimentar com mediocridade e esperar que o futuro me traga mais do que dei?! E isso independe do governo, dos políticos, dos “homens do poder”, porque neste caso, o poder é inteiramente meu.

Poderia escrever páginas e páginas sobre isso, mas ao invés de colocar no papel tudo o que penso, dedico ao mundo minha atenção e volto meus olhos inteiramente para meu quintal, que é foco de minha atenção e preocupação: Meu País!

Na escola, aprendi o Hino Nacional, mas além disso, aprendi a interpretá-lo, saber o que significava “Gigante Pela Própria Natureza”, “Impávido Colosso” e “Pátria Amada, Brasil!”, porque além de saber cantar para ficar bonito, também entendi o significado de sermos brasileiros, aprendi a amar minha terra e a receber visitantes de braços abertos e com orgulho de sermos um povo pacifico e próspero. Com uma série de dificuldades sim, com desigualdade social sim, com seca no nordeste, com tudo de bom e ruim que sempre tivemos, mas com força, com orgulho, com fé e esperança num futuro melhor, porque somos jovens, somos ávidos, somos sedentos e somos muito fortes em amor! Ou éramos...

O que vejo hoje são crianças que não sabem o que dizem, que sabem dançar e cantar funk e outras coisinhas, mas não sabem falar nossa língua... que repetem “AS NOVINHA SÃO SENSACIONAL!” e que estão crescendo em meio ao caos que pessoas não politizadas e que se dizem adultas estão causando!

O que vejo são pessoas de bem cada vez mais engaioladas, enquanto o povo mal toma conta das ruas.

O que vejo são pessoas sem opinião sendo manipuladas e hoje, perdendo seus empregos porque não pensaram no amanhã, não reivindicaram da maneira correta e sim, sendo punidas por prejudicarem milhares de outras pessoas.

O que ainda verei?! Essas mesmas pessoas, do bem e do mal, boas e más, politizadas ou ignorantes reclamando da vida, mas votando errado, como sempre foi!

Lembra da história de plantar e colher?! Então.... é isso!


Quanto à Copa, de verdade, sinto medo do que será do país nos próximos dias e eu adoraria dizer e acreditar que tudo será perfeito, que visitantes serão recepcionados da maneira cordial e afetiva que só o brasileiro tem e que seremos campeões, mas creio e temo que no final, sairemos perdendo dentro e fora do campo, porque ignorância não ganha futebol, porque insensatez não ganha medalha e violência não corrige décadas de burrice coletiva!