Desde o episódio dos R$0,20
prometi que não me pronunciaria mais a respeito de política, cultura sócio
econômica, reivindicações ou dessa natureza, mas não tenho como não fazê-lo!
Porque sofro de incontinência verbal e quando vejo pessoas saindo pelas ruas,
sendo usadas como marionetes e fazendo exatamente o que querem que elas façam,
meu sangue ferve!
Há exatamente um ano atrás, as
pessoas foram provocadas a irem às ruas por conta dos tais centavos e na
verdade o que vinha por trás disso era muito maior. Mas, a onda foi contida e
até pouco tempo, nada mais se fez ou ouviu.
Porque não era conveniente
naquele momento que houvesse continuidade, porque havia a necessidade de
aguardar até o momento certo, que é AGORA!
Agora, véspera de copa, temos
novamente pessoas sendo provocadas e incitadas a reivindicar direitos, cobrar
deveres, amedrontar pessoas e ameaçar usar sua força para impedir que o
“espetáculo” aconteça, simplesmente porque não concordam com o que aí está!
De verdade?! Isso pra mim é mais
do que ser ignorante! Sim! Está além de ignorar fatos! É insensatez,
incoerência e burrice!
Na época dos centavos recebi
criticas duras quando questionei porque o tal “Gigante” não se levantou na hora
do voto e simplesmente não se virou de costas para as opções que eram
apresentadas. Sim, porque os líderes de hoje foram escolhidos por pessoas em sã
consciência, sem que fossem coagidos ou que não tivessem outras opções e mesmo
que as opções apresentadas não fossem boas, porque então não se praticou a “Voz
do Povo” para que em massa fossem anulados os votos. Um protesto assim teria
meu total apoio!
O que vejo hoje são protestos
cômicos no facebook, greves que só prejudicam a própria população, movimentos
sindicalistas e agitadores que tentam e atentam contra o próprio povo!
Se eu não estou feliz com algo em
minha vida, o que faço?! Mudo o que me incomoda! De que maneira faço isso?! Se
não gosto do meu cabelo, corto! Se minhas finanças estão desreguladas, busco
alternativas para acertá-las! Se meus filhos não estão educados como deveriam,
reeduco!
Entrando um pouco mais à fundo,
se corto meu cabelo e faço a escolha certa, ótimo! Se não, espero crescer pra
acertar! Não tem outra opção! Então, se escolhi um mal governante, tiro-o do
poder! E se ainda assim não der certo, aguardo até a próxima eleição e escolho
melhor!
Se minhas finanças estão
desreguladas, busco talvez um empréstimo, que obviamente acertará meu problema
momentâneo, mas manterá minha dívida por mais um tempo e pior, se eu não controlar
demais gastos, só aumento minha despesa, tendo comprometido e diminuído minha
renda! Mas, e se eu decidir cortar os cartões, fazer acordos corretos, manter
as contas na ponta do lápis e com um tempo devidamente previsto, saio do buraco
dos juros e conquisto a tão almejada estabilidade financeira! Então, se escolhi
certo meu governante, em tese, não posso esperar que ele arrume a casa fazendo
mais despesas, pois assim como eu, deve fazer acordos, traçar rotas e possuir
um plano correto, para que ao final do seu mandato, tenha condições de seguir
uma vida estável e possua a possibilidade de uma reeleição, então, obviamente,
meu candidato deve ter sua vida financeira regrada, ser bom estrategista, e o
mais importante, seu currículo deve ser tão bom quanto o meu, pois estará
cuidando do meu patrimônio!
Se meus filhos não foram
corretamente educados, a responsabilidade é integralmente minha! E cabe a mim
corrigir o erro. Como?! Batendo?! Punindo?! Castigando?! Se eu fizer isso,
estarei coagindo, limitando, podando e alimentando um monstro que me engolirá
quando crescer, porque surra não corrige erro de português, porque punição não
melhora notas de matemática e castigo só corrompe o caráter. Além disso, se
meus filhos hoje não estão educados, quem merece punição sou eu, que não soube
educá-los e proporcionar a eles o que precisavam! Assim sendo, se a cultura do
país em que vivo não é a de educar, como posso querer um povo educado?! Se a
educação das crianças é tida como secundária, se a atenção e o tempo que
deveríamos dedicar criando nosso futuro da maneira correta está muitíssimo aquém
do ideal, como posso exigir que tenhamos escolas, lanches, instalações,
material didático e professores melhores?! Como posso querer alimentar com
mediocridade e esperar que o futuro me traga mais do que dei?! E isso independe
do governo, dos políticos, dos “homens do poder”, porque neste caso, o poder é
inteiramente meu.
Poderia escrever páginas e
páginas sobre isso, mas ao invés de colocar no papel tudo o que penso, dedico
ao mundo minha atenção e volto meus olhos inteiramente para meu quintal, que é
foco de minha atenção e preocupação: Meu País!
Na escola, aprendi o Hino Nacional,
mas além disso, aprendi a interpretá-lo, saber o que significava “Gigante Pela
Própria Natureza”, “Impávido Colosso” e “Pátria Amada, Brasil!”, porque além de
saber cantar para ficar bonito, também entendi o significado de sermos
brasileiros, aprendi a amar minha terra e a receber visitantes de braços
abertos e com orgulho de sermos um povo pacifico e próspero. Com uma série de dificuldades sim, com desigualdade social sim, com seca no nordeste, com tudo de bom e ruim que sempre tivemos, mas com força, com orgulho, com fé e esperança num futuro melhor, porque somos jovens, somos ávidos, somos sedentos e somos muito fortes em amor! Ou éramos...
O que vejo hoje são crianças que
não sabem o que dizem, que sabem dançar e cantar funk e outras coisinhas, mas
não sabem falar nossa língua... que repetem “AS NOVINHA SÃO SENSACIONAL!” e que
estão crescendo em meio ao caos que pessoas não politizadas e que se dizem
adultas estão causando!
O que vejo são pessoas de bem
cada vez mais engaioladas, enquanto o povo mal toma conta das ruas.
O que vejo são pessoas sem
opinião sendo manipuladas e hoje, perdendo seus empregos porque não pensaram no
amanhã, não reivindicaram da maneira correta e sim, sendo punidas por
prejudicarem milhares de outras pessoas.
O que ainda verei?! Essas mesmas
pessoas, do bem e do mal, boas e más, politizadas ou ignorantes reclamando da
vida, mas votando errado, como sempre foi!
Lembra da história de plantar e
colher?! Então.... é isso!
Quanto à Copa, de verdade, sinto
medo do que será do país nos próximos dias e eu adoraria dizer e acreditar que
tudo será perfeito, que visitantes serão recepcionados da maneira cordial e
afetiva que só o brasileiro tem e que seremos campeões, mas creio e temo que no
final, sairemos perdendo dentro e fora do campo, porque ignorância não ganha
futebol, porque insensatez não ganha medalha e violência não corrige décadas de burrice coletiva!
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