Porque?

Porque?

Por que?

Pelo que?

Para que?

 

Não sei! Só sei que é assim que sinto, é assim que vejo e é exatamente assim que quero.

Não gosto quando nos separamos, porque dói.

Não gosto quando não nos falamos porque um vazio toma conta de mim.

Não quero ficar sem você, porque você é o que me faz bem, é quem me faz feliz.

 

(...)

 

Comecei a escrever este texto ano passado, e, por alguma razão, não consegui termina-lo. Curiosamente, no final do ano, não fiz o que faço sempre. Não escrevi um texto de final de ano, nem publiquei uma linha sequer acerca do assunto.

 

Então decidi findar aquilo que comecei ano passado, publicando não um texto de ano novo, mas de vida nova...

Porque?! Porque ano passado foi um ano atípico, foi um ano incomum, foi um ano cheio de idas e vindas, cheio de surpresas, cheio de momentos bons, mas também cheio de momentos ruins e confusos e dia 31, não me vi em condições de escrever palavras de esperança, tão pouco de qualquer outro sentimento que fosse ao menos divergente disso.

Quando iniciei esse texto, estava envolta a uma certa neblina não muito densa de fé em um sentimento que achei existir, mas que não passou de neblina... Não choveu, não abriu sol, não fez frio, nem calor. Quando percebi, estava numa espécie de vácuo, atormentada e cercada por pensamentos e sentimentos confusos, que me afastavam da realidade e da normalidade. Pensamentos e sentimentos só meus, inventados por mim, almejados, criados e alimentados por uma imensa vontade de ser algo além...

Me dei conta de que esse vácuo estava tomando tempo e proporção além do que deveria. Percebi que essa neblina não poderia ser nada além disso, pois foi a isso que veio. Entendi que amar sozinha é o mesmo que não amar a mim mesma, então vi a neblina se dissipar...

Fiz muito barulho ano passado.

Briguei muito ano passado.

Porque?

Por que?

Pelo que?

Para que?

 

Não sei! Só sei que é assim que já não mais sinto, é assim que não mais vejo e é exatamente assim que já não quero mais.