terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Necessidade

Tão mutável quanto a lua, tão inconstante quanto o mar, tão volúvel quanto só eu sei ser, hoje, mais do que nunca, sinto meu corpo arder de desejo. 


 Desejo daquela boca que me tirou o ar, daquela saliva que matou minha sede, daquela mão que me fez sentir tão pequena e ao mesmo tempo tão viva, tão fêmea, tão eu! 


 Meu corpo queima, arde, entra em combustão quando lembro da respiração, da língua, do pulsar... 


 Fico ofegante, sinto falta de ar, sinto como se meu corpo necessitasse daquele toque outra vez, como se minha vida não fosse nunca mais entrar no eixo enquanto não sentir novamente aquele cheiro, aquele gosto, aquele gozo... 




 Pudor?! Nenhum! 

 Sentimento de culpa?! Talvez! 

 Dúvida moral?! Zero! 

Não quero saber de onde veio, praonde vai, o que faz, quem é ou deixa de ser.



Tudo o que me importa hoje é saciar a vontade do meu corpo, a necessidade de cada pedaço que me compõe. 

 Sim! Isso mesmo! Necessidade física! 

Não quero romance, não quero paixão, não quero amor só quero seu corpo!


Quero passar as unhas pelas suas costas, enquanto minha lingua percorre seu pescoço e você se contorce de arrepio e prazer. 

Quero sentir suas mãos apertando minha cintura, me colocando onde e como quer. 

Quero enlouquecer, me perder, morrer e viver num instante de prazer, num momento roubado, numa manhã, tarde ou noite, tanto faz, desde que estejamos nós em nós e o resto não exista enquanto assim estivermos. 


Me liga vai, me chama, me aceita, diz que me deseja, que vai me devorar tal qual o bicho que espero ter. 

Diz que quer me invadir com força, raiva, intensidade e calor. Diz que sou seu objeto de desejo e que necessita tanto quanto eu saciar essa vontade que não é só minha... 



Liga vai! Quero sentir novamente sua boca na minha, sua respiração no meu ouvido, seu corpo.... 

 Liga vai.....

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