terça-feira, 13 de maio de 2014

Respirar, Amar, Viver e Sentir

Às vezes meu coração aperta, como se eu não fosse mais capaz de respirar, como se não fosse mais capaz de fazer ou sentir nada além de dor.

Às vezes, minha alma chora, como se não fosse haver nada para acalmá-la ou curá-la.

Às vezes, meu mundo desaba, como se não fosse mais haver amanhã, como se tudo estivesse realmente findando, definhando e morrendo...

Então a lua me chama, traiçoeira e arteira como só ela sabe ser e me convence de que respirar é só o primeiro passo para que eu supere minha dor.

Então o sol brilha forte e aquece minha alma, cicatriza minhas feridas e me enche de energia...

Então, em meio aos destroços, percebo que o amanhã existe, que a vida se refaz, que continuo inteira e que a vida segue...

Desamores fazem parte do processo natural da vida, sofrer faz parte do amadurecimento e se levantar é a prova do crescimento.

Todos somos assim! Pessoas e bichos. Seres e coisas. Todos sem exceção, somos assim!

Frágeis, expostos, tentando nos segurar em crenças ou coisas que nos passem sensação de segurança, de estarmos alheios ao mal que nos cerca e que pode nos atingir.

Criamos personagens, inventamos armaduras, nos cobrimos de proteções reluzentes e ineficazes, e, ainda assim, acreditamos que estamos seguros.

Somos veias, músculos, corações e desejos pulsantes, na expectativa daquilo que não existe, daquilo que imaginamos ser ideal, daquilo que nos faça sair da realidade e nos leve ao mundo sublime do sentir, mas, ao mesmo tempo, não queremos sentir...

Ah ignorantes almas, que não sabem o quão bom é sentir, o quão maravilhoso é saber, o quão infinitamente mágico é amar...

Se fossem realmente inteligentes, despir-se-iam de suas armaduras, desatariam seus nós, poriam abaixo suas reservas e jogar-se-iam nas mais loucas e intensas aventuras...


Talvez assim, entenderiam o que é liberdade.


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