sábado, 19 de abril de 2014

Imperfeita, Mas Feliz


Imperfeita, Mas Feliz!

Assumidamente imperfeita.

Declaradamente feliz!

Santa?! Não! Nem um pouco! Nunca foi e jamais será!

Livre de hipocrisia e de falsos julgamentos.

Livre! Realmente livre para fazer escolhas, sejam elas boas ou ruins.

Livre! Genuinamente livre para errar e acertar, arrependendo-se ou orgulhando-se! Diversas vezes, e, muitas vezes orgulhando-se de seus erros e arrependendo-se de seus acertos.

Não jura falsos amores ou declara levianas guerras.

Afasta-se do que envenena, ainda que o veneno seja algo deliciosamente entorpecente e tentador.

A chamam de linda, dizem sentir admiração e respeito por ela, e, sim, muitas vezes para que consigam aproximar-se, testar-lhe, conquistar-lhe juram-lhe falsos amores, pois é de fato linda e inteligente e merecedora de admiração. Resta saber se é tão ignorante a ponto de acreditar. E não é!

Incomoda?! Muitos!

Incomoda-se?! Nem um pouco!

Não intenciona alcançar a divindade, tão pouco conquistar corações rebeldes e cheios de si! Ela segue e caminha por conta própria, como sempre fez! Como sempre foi!

Dona de si, detentora de suas verdades. Não pede autorização para ser ou estar! Se quer sexo, tem! Se quer seguidores, tem! Se quer solidão, sempre tem!

Julgue-a! Condene-a! Faça o que quiser, mas jamais conseguirá diminuí-la com sua arrogância ou presunção. Ela se fez sem sua aprovação, sem sua colaboração, sem seu sarcasmo ou sua ignorante análise.

Mas se desejar fazer uma análise, faça! Vasculhe sua vida e encontrará motivos para amá-la ou odiá-la, admira-la ou despreza-la. O que fará com o resultado de sua análise é escolha sua e, depois disso, não será merecedor de sua atenção, pois sua análise não trará a real essência do que a compõe e para alcançar tal essência, é necessário ser especial e isso é algo que te falta.

Consegue afetá-la?! Nem um pouco! Aliás, acaba de perder o que tinha, portanto, sinta-se responsável pelo seu fracasso, pois ela, segue intacta.

Copos limpos?! Consciência?! Possui taças! Duas! Lindas do mais puro cristal, reais, físicas, encontram-se guardadas a sete chaves e só serão entregues a quem merecer, afim de saborear o mais doce frisante. Por agora, preocupa-se somente em não ferir o próximo, não machucar gratuitamente quem não mereça e para aqueles que merecem, não há o que ofertar, nada além de sua distancia, pois estes não fazem parte de sua vida.

Emociona-se assistindo histórias de amor, derrete-se assistindo filmes religiosos, exercita-se ouvindo clássicos do rock e alimenta-se do mais puro afeto, que não vem dos outros, mas de si mesma.

Ontem, hoje, amanhã e sempre será Imperfeita, mas Feliz.




sábado, 12 de abril de 2014

A Perfeitamente Infeliz e o Atipicamente Esquisito




Eles não combinam!

Não se acertam!

Não se entendem!

Ela afirma ser imperfeita mas feliz e ele afirma ser perfeitamente normal, mas não são!
Tudo bem, que durante os primeiros trinta minutos, são perfeitos um para o outro e até combinam em pensamento, em afeto pelos animais, em indignação com o que há de errado, e, sim, combinam muito no gosto musical, mas passado este primeiro momento, o único lugar no mundo em que há lugar para ambos é na cama. Ali são felizes, ali se completam, ali se encontram e se perdem em cheiros, gostos, calor, fluidos e intensidade, mas quando saem dali, basta uma frase, um “a” para que o mundo desabe.
Eles tentam! Ela usa uma lingerie roxa porque ele gosta da cor e ele tenta introduzir o vermelho em sua vida, porque ela gosta da cor... Eles realmente tentam, mas falham!

Alguém o definiu como Esquizotipico e chegou a fazer um longo relato sobre o assunto, aliás, embora enciumada, reconhece que muito do que esta escrito vai de encontro com o que ela pensa, mas ele discorda! Ela então, o define como Atipicamente Esquisito, pois nele, não há nada que seja típico, nada nele é comum ou normal. Ela o vê como alguém especial, com dons incríveis e um poder fora do comum de mexer com sentimentos e sentidos dela. Realmente esquisito!
Ele a define como infeliz, mesmo quando ela afirma o contrário. Suas imperfeições são reconhecidas, seu péssimo gosto para homens é assumido e, sim, ela não nega sua falta de santidade, mas também não é promiscua ou leviana como ele acredita que ela seja. Ela tenta ser feliz a seu modo, em sua solidão tão peculiar e tão repleta de histórias que ele sequer imagina... Creio que ela também mexa com sentidos dele, pois se não fosse assim, ele não perderia seu tempo confrontando, inflamando e provocando.
Ambos são vaidosos, ambos leoninos e cheios de si. São igualmente frios e sarcásticos.  Ambos brincam e flertam o tempo todo pois necessitam disso para se alimentar, mas incomodam-se um com o outro exatamente por isso! Querem exclusividade, querem lealdade, mas seu instinto de caça não permite que sejam assim. Ambos caçam por prazer e escondem as carcaças de suas presas quando estão juntos.
Ela sente ciúmes dele e ele deve sentir algo também porque exclui, bloqueia, silencia, mas cedo ou tarde liga, manda mensagem e ela, sem pudor ou vergonha alguma, vai! Sempre que ele chama, ela vai! Atravessa a cidade por ele e ele desmarca compromissos por ela.
Ela, imperfeitamente feliz, perfeitamente infeliz, segue imperfeita, mas feliz esperando que cedo ou tarde algo mude, esperando não ter que arrancá-lo feito band-aid, imaginando que talvez um dia, consigam passar mais que algumas horas juntos.
Ele, esquizotípico, esquisitamente atípico, naturalmente incomum, também segue feliz, cercado de pessoas que tentam decifrá-lo, que tentam amarrá-lo, que tentam possuí-lo, com pensamentos e sentimentos que ela não consegue entender ou alcançar.
Ela diz que quando estiver velhinha, falará dele para suas netas, ele sorri descrente.
Ele diz que ela não passou por sua vida por acaso, ela também sorri descrente.

Ela diz que é sexo, ele jura ser amor.

Ela espera ter amor e ele só quer sexo.
São igualmente inconstantes, igualmente distantes, igualmente perspicazes e por isso, são infinitamente diferentes, vivem em mundos opostos, dois extremos da cidade, dia e noite, céu e terra... leão e leoa, fogo e fogo...
Se incendeiam, se detestam e se amam em poucas horas...
Talvez uma hora consigam ser algo mais que isso...
Quem sabe ela se torne Atipicamente Feliz e ele se torne Esquisitamente Imperfeito...

Seria legal ver isso...

quarta-feira, 9 de abril de 2014

QUANDO SOMOS CARNE


Ultimamente, o vazio toma conta da alma, o nada habita o coração e o pensamento vem confuso e triste.

Ultimamente, não há sentimento, não há importância, não há carinho ou atenção.

Ultimamente, usamos a carne para suprir o vazio da alma, mas é insuficiente, é inconstante, frio e ineficiente, porque não há sentido ou sentimento, então somos coisas que usam coisas diariamente.

Ultimamente, temos sido somente Carne.

Existem pessoas que se ofendem quando uso esse termo: CARNE, mas é exatamente o que somos hoje... somos carnais, somos momentâneos, somos inconstantes e superficiais.

Há alguns anos, orgulhamo-nos de alcançar pé de igualdade com homens, e conquistamos postos de destaque nesse mundo cão e superficial. Queimamos sutiãs em praças públicas e declaramos guerra à qualquer ato feminino de fragilidade perante à sociedade, mas, e agora?!

Será que agora estamos realmente orgulhosas de sermos somente carne?!

Será que somos realmente vitoriosas por termos no tornado depósito de espermas?!


Será que nos sentimos fortes quando vamos à farmácia sozinhas para compramos pílulas do dia seguinte?!

Acho que não.

Não tenho orgulho nenhum de ser vista como um pedaço de carne.

Não acho a mínima graça quando um cara me manda mensagem dizendo que (usando um termo leve) quer me “pegar de jeito”...

Não é nem um pouco gostoso quando a transa acaba e o cara corre pro banheiro, toma uma ducha rápida, se veste e mostra claramente que não tem mais nada a dizer ou fazer comigo...

Assim como também não é nada divertido quando um cara casado inventa mil histórias pra me levar pra cama, ou pior, quando não inventa história nenhuma, simplesmente diz que quer sair comigo porque me achou gostosa!

E acho que também não é gostoso quando nós corremos pro banheiro, tomamos uma ducha rápida e dizemos que precisamos ir embora. É horrível saber que o cara que está ali na cama não tem nada mais pra oferecer, depois que a transa acabou!

Nos rebaixamos tanto que está fácil nos tratarmos feito coisa nenhuma, porque nós nos colocamos nessa posição. Nos colocamos na posição de carne!
Aliás, fico abismada quando vejo que ainda tem homem que  paga pra sair com prostituta, ou mulher que procura afeto comprando um carinha, afinal, sexo tá tão fácil que não vejo razão pra pagar por ele!

Veja, não quero ser puritana ou julgar o comportamento sexual alheio, mas vejo diariamente várias mulheres reclamando porque estão solitárias, porque só encontram homens que não as valorizam, porque o cara só liga quando quer dar uma rapidinha, então, enquadro-me neste meio e digo em alto e bom tom que sei e entendo que a culpa também é minha, mas não quero mais isso!

Não sou carne, não sou depósito de esperma, minha boca não é um convite à tentação, minhas unhas vermelhas não são nem de longe uma forma de atrair ou provocar!

Sou sim feminina, adoro usar perfumes bons, amo me produzir, gosto das minhas unhas longas  e meu batom preferido é sim vermelho, mas não faço isso para ninguém além de mim mesma!

Quanto aos meus amigos, espero que não se ofendam, porque também sei que são usados, são vistos como carne e que pode ser que uma vez ou outra, também sintam-se cansados disso.

Por agora, aviso que não estou aberta à convites agressivos, não fico excitada com termos chulos, não estou disposta nem disponível para uma saidinha casual e a partir de já, deixo claro que amo meu sutiã onde deve estar, não faço parte de nenhum movimento feminista, sou mulher mesmo, sou intensa mesmo, sou frágil mesmo, mas não sou burra e sei reconhecer cafajestes em qualquer situação, sob qualquer ângulo ou luz.

Portanto, se você é incapaz de se envolver, se não esta disponível ou disposto a um relacionamento, se tem feridas não cicatrizadas, se quer alguém só pra  !#$!#%%!, por favor, apague meu número, delete meu perfil, esqueça que um dia me conheceu...


Sou mulher! Não sou carne!


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Felicidade


Eu tenho uma casinha lá na Marambaia
Fica na beira da praia, só vendo que beleza.
Tem uma trepadeira que na primavera
Fica toda florescida de brincos de princesa.
Quando chega o verão eu sento na varanda,
Pego o meu violão e começo a tocar.
E o meu moreno que está sempre bem disposto
Senta ao meu lado e começa a cantar.
Quando chega a tarde um bando de andorinhas
Voa em revoada fazendo verão
E lá na mata um sabiá gorjeia
Linda melodia pra alegrar
meu coração
Às seis horas o sino da capela
Toca as badaladas da Ave Maria
A lua nasce por de trás da serra
Anunciando que acabou o dia.
Eu tenho uma casinha lá na Marambaia



Já parou para pensar o que é felicidade?! De onde vem?! Pra onde vai?! O que faz?! Porque faz?!

Para alguns, felicidade é a junção de pequenos momentos de prazer, para outros,  felicidade é amar e ser amado, e para muitos, felicidade não existe...

Há quem me chame de inconsequente, há quem me chame de inconstante, há ainda quem me chame de irresponsável ou imediatista.

Quer saber a verdade?! Sou feliz!

Meu pai faleceu aos 53 anos, eu, na época tinha 9 para 10 anos e me lembro da dor, do vazio, do choro que não cessava e da saudade que sinto até hoje...

Meu pai era jovem! Imagine! 53 anos ainda é muito cedo para partir! Mas partiu! Foi-se!

Porque falo dele agora?! Porque ele era feliz com o que a vida trazia... era considerado inconsequente, irresponsável, imediatista e inconstante em sua época. Porque?! Porque gostava de festejar, porque não aceitava ser infeliz e todas as vezes que se sentia incomodado, arrumava sua trouxinha e ia caçar ou pescar! Ia lá pra Marambaia, onde andorinhas voavam em revoada fazendo verão... Ia ser feliz!

Assim como meu pai, não vivo de amanhã, porque o amanhã pra ele um dia deixou de chegar e de verdade, por mais que eu sinta saudade e dor no coração quando lembro dele, ao menos uma certeza eu tenho, ele foi feliz e não deixou um dia sequer sem ser vivido tal qual deveria ser!

Tem dia que meu coração dói, então choro e sou feliz por saber que essa dor é somente deste dia e no dia seguinte, se eu não estiver mais aqui, vivi a dor daquele dia...

Tem dia que tudo o que quero é ficar vegetando na frente da TV, assistindo um milhão de filmes e nem ver a cor do dia, e sou feliz por poder me dar este prazer...

Tem dia que amo intensamente alguém que não pode ser meu, então, sorrio, choro, sinto euforia, descontentamento, tudo o que esse amor me proporciona e sou grata e feliz por poder viver e experimentar tudo isso num só dia...

Tem dia que a vida me sorri e traz alguém pra mim, ainda que só por um dia... aí sim sou muito feliz!

Felicidade pra mim é isso! Viver o dia que se apresenta como se fosse o ultimo, e, então, aproveitar cada segundo dele com aquilo que tenho, com o que sou, porque amanhã não existe e hoje merece ser degustado e aproveitado até o fim.

É difícil explicar o conceito para pessoas que planejam viver algo daqui alguns anos, que planejam se aposentar e comprar uma casinha na praia ou no campo, porque essas pessoas alimentam a alma e o coração com a promessa da felicidade futura, da felicidade que sequer sabem se realmente chegará... Pessoas que são felizes com a ideia de um dia serem felizes...

Difícil explicar porque eu tenho pressa de ser feliz! Difícil me fazer entender porque para mim, o amanhã não existe! Existe hoje! Sou feliz hoje! Mereço ser feliz hoje! Então me faço feliz hoje!

Não preciso esperar comprar a casinha na praia! Posso perfeitamente pegar meu carro, ir até o litoral e curtir um dia fantástico de sol ou algumas horas com o pé na areia! Feliz! Sentindo o vendo bagunçar meu cabelo, a espuma do mar acariciar meus pés e meu pensamento vagar sem rumo... Feliz!

Não preciso planejar o futuro com alguém especial que será perfeito pra mim no futuro! Tenho hoje! E Hoje.... hoje meu alguém especial quer marcar encontro comigo num futuro que não existe! Fico feliz em saber que ele pensa no futuro, mas fico triste em saber que hoje para ele não existe...

Sim! Planejar o futuro é importante! Sim! Traçar metas e objetivos para o futuro é importante! Sim! Plantar hoje para colher amanhã é muito importante!

Mas mais importante que isso, é saber olhar o dia, agradecer a todo momento por aquilo que se apresenta hoje e principalmente, viver o hoje como se amanhã não fosse chegar, porque se ele realmente não chegar, quero, assim como meu pai, partir sem nenhum arrependimento, sem nenhuma pendencia...

Então hoje, sei que beijei, amei, chorei, me entreguei, me arrependi, me orgulhei, me fiz feliz...

Faço um convite a todos os que tiverem acesso a esse texto... VIVAM E SEJAM FELIZES HOJE!

Declarem seu amor!

Façam as pazes com seu ódio!

Vivam suas paixões!

Sejam inconsequentes, irresponsáveis, impulsivos e tudo o que for necessário, mas sejam felizes!

Meu pai não teve tempo de se despedir de mim, porque eu era pequena demais e não podia entrar na UTI do hospital, mas enquanto esteve comigo, me amou incondicionalmente todos os dias, viveu comigo todos os dias e me fez feliz todos os dias...

Tudo bem se você quer viver e ser feliz amanhã, é uma escolha sua. Respeito e entendo...


Mas minha escolha você já sabe...


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Um dia...

“Um dia, você vai pensar na pessoa nas 24 horas do dia, seja em sonho ou acordada, no dia seguinte, você vai pensar umas duas ou três horas a menos, no outro dia, pensará somente meio dia, e no outro, lembrará somente em alguns momentos isolados, por razões específicas, até que chegará um dia, que você já não vai mais pensar ou lembrar...”

Foi isso que Rodolfo me disse há alguns anos atrás, enquanto conversávamos sobre meu coração partido.

Isso é um fato. Acontece sempre. O tempo cura e apaga o que feriu e se encarrega de apagar aos poucos qualquer lembrança boa ou ruim...

Não gosto de colecionar tristezas, não gosto de acumular desafetos, desamores, desencontros e nenhum “dês”..., mas infelizmente, a vida é cheia deles.

O processo de esquecimento é diferente de pessoa para pessoa, de relação para relação e principalmente, de sentimento para sentimento.

Ontem, me encontrei com aquele que chamo de “minha consciência”, na verdade ele é mais que isso, é meu amor de ontem, hoje e sempre. Ele é aquele que possui meu coração, meu querer bem e tudo o que há de melhor em mim. A ele confio meus maiores segredos, a ele mostro minhas fraquezas, fico nua de pudores e totalmente rendida, e ele, sempre cuida de mim.

Este não quero esquecer. Aliás, este fica numa daquelas caixas especiais que visito de vez em sempre, que mantenho perto e vivo... Ele é meu e eu sou dele, ao menos ali, dentro da caixa...

Há quem diga não entender o fato de que sou perfeitamente capaz de amar mais de uma pessoa ou mesmo de amar à distancia. Sim! Sou!

Meu amor de infância virou um grande amigo. Ele tem minhas histórias mais doces de criança... Ele roubava flores do quintal do vizinho para me presentear...

Meu amor de adolescência, virou uma história de gente grande. Na verdade, era uma paixão de adolescência que virou uma paixão de gente grande adolescente e que agora, é o “dês” que preciso criar...

Meu amor adulto é tão adulto que independe de mim... vive livre, viaja sem mim, tem vida própria, família, filhos, é grande e responsável e por mais que esteja longe, sei que é feliz e isso me basta, pois cedo ou tarde, sempre volta... Ele também me ama...

Houveram outros tantos amores e desamores e a vida é exatamente assim, apaixonar e desapaixonar, amar e desamar.

Algumas vezes o processo é mais lento, o desamor não chega, o desapaixonar parece que abre um buraco na gente...

Daí o coração fica vazio, estranho, perdido... faminto...


Até que um dia, o “dês” finalmente acontece, o pensamento deixa de existir, o desejo morre, a intenção perde o sentido e pronto... acabou...