Sempre digo que uma dor imensa toma conta do meu corpo quando um sentimento é sufocado... é como chutar a quina do sofá e ter que reprimir o grito... ele fica ali, entalado, querendo sair, mas não pode...
Quando uma paixão deixa de ser vivida, quando um sentimento genuíno deixa de ser cultivado e alimentado, quando sufocamos o sentimento, ele definha e morre num canto escuro e triste da alma...
Acredito que esse essa morte, causa mais do que o desperdício da emoção. Acredito de verdade que algo se perde, uma luz celeste se apaga e o que era uma estrela viva e brilhante se torna só poeira... stardust...

Sentimentos assim, mesmo depois de mortos, deixam algo, talvez a tal poeira, que não passa disso, mas ainda assim, é algo...
Há sempre a possibilidade do desejo, mas sem vontade e obviamente, há a vontade sem o desejo... é isso que me entristece...
Se a morte do sentimento acontecesse da maneira correta, acredito que seria após uma longa conversa, um final de semana num lugar só dos dois, muito riso, muito carinho, talvez champanhe e por fim um adeus...
Mas sempre acontece da pior maneira possível, alguém diz adeus, o outro alguém chora, faz-se de conta que há ainda alguma importância, algum sentimento, afinal, assumir-se indiferente perante o mundo é algo vergonhoso, mas na verdade, é assim que é...
Ontem, conversando com um amigo muito querido, senti seu sofrimento, por amar e não ser correspondido, por desejar, mas não ter mais vontade, por ter guardado o que sobrou de sua estrela, antes que o vento se encarregasse de soprar...

Não importa se por um ano, um mês, um dia ou uma hora, paixões vivem todos os dias e eu, por mais que sinta sua morte, agradeço por sua vida...
Minha ultima estrela caiu do céu, perdeu-se no mar de uma praia não muito longe daqui, onde meus pés ainda sentem a areia, onde meu cabelo ainda é levado pelo vento, onde meu sorriso é só saudade...
Virou estrela do mar...
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