quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sem forçar a natureza

Existem certos momentos da vida da gente que a natureza, a vida ou o dia-a-dia nos forçam a passar por determinadas situações, por determinados períodos que podem durar semanas, meses, anos. Depende do quanto necessitamos estar sozinhos, estando acompanhados somente por nós mesmos.
São períodos de reclusão, de introspecção, que fazem com que fiquemos mais maduros, mais certos daquilo que desejamos, mas que também podem vir a causar a sensação de que temos que nos mover, de que temos que dar um passo a mais, afim de fazer com que algo aconteça de uma maneira ou de outra. Nesses momentos, acabamos por forçar a natureza. Acabamos por atropelar os acontecimentos. Antecipamos os fatos, fazendo com que coisas boas aconteçam, mas tenham um fim prematuro, sem o desgaste natural. É como se houvesse uma ruptura brusca que nos deixa sem entender de fato o que houve e ao mesmo tempo nos impulsiona a tentar novamente, e outra vez, e quantas vezes mais acharmos necessário, porque equivocados e prepotentes, acreditamos que o “fazer acontecer” só depende de nós.
A natureza é sábia. Extremamente sábia. Ela sabe o momento certo do nosso corpo amadurecer e se reproduzir, ela sabe o momento certo para abrirmos nossos horizontes e expandirmos nossos sentidos e sentimentos. A natureza grita quando é hora de viver e chora quando é hora de morrer.
Forçar a natureza é ato passível a todo e qualquer ser humano, pois somos competitivos a ponto de sempre querermos provar que somos mais e melhores. Somos mesquinhos a ponto de desejarmos exclusividade de coisas, pessoas, sentimentos. Somos pequenos a ponto de achar que somos capazes de provocar mudanças comportamentais, sentimentais, espirituais. Acreditamos erroneamente que podemos tocar a alma do outro e provocar atitudes, sentimentos, felicidade. Acreditamos que podemos fazer a diferença no momento em que nos pré-dispormos a isso.
O que não vemos e não entendemos facilmente é que na verdade, não moldamos a natureza. A natureza nos molda.
Por mais que tenhamos o pensamento cômodo de que temos, somos e podemos ser, somos somente a reação daquilo que o universo determina. Se somos matéria, somos porque a força que nos cerca é tão intensa que nos criou. Se somos almas, somos porque nossa essência perdura e é levada através do tempo e do espaço. Se somos sentimento e coração, somos porque necessitamos do amor para nos alimentar, necessitamos da essência do outro para nos completar, necessitamos distribuir, dividir e multiplicar, afim de crescermos como matéria, essência, sentimento e coração.
Forçar a natureza, criar situações, fazer com que algo aconteça e desejar que de fato aconteça é algo que até podemos conseguir, mas não teremos a sensação de plenitude. Não alcançaremos o verdadeiro gozo. Não seremos merecedores do que de fato nos pertence.
Temos que ter em mente o fato de que tudo tem seu tempo certo. Não cai uma folha de uma árvore se não estiver determinado que aquela folha caia. Não nasce um fruto ou flor, se não estiver no tempo certo. Um amor não acontece, se não estiver no tempo dele acontecer.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Paixão - I

Me alimenta! Tenho fome!
Sou assim feito coisa ruim que chega e toma conta de tudo, mas não faço por mal! Só sigo minha natureza! Meus instintos!
Sou criança que precisa de colo, sou fera que precisa ser domada, sou brisa que sopra leve, mas também posso ser vendaval que derruba, destrói e coloca em movimento tudo o que é estático.
Às vezes pareço o fim, mas na verdade sou a chance de um novo começo.
Sou dominante, possessiva, quero o que é meu, e, quero que seja só meu, mas não me peça para ser exclusiva.  Ninguém me possui, sou livre demais para ser de um só. Sou sempre de dois ou mais, sou divisível, multiplicável, replicável e mais!
Sou solidão e imensidão, sou o vazio dos seus pensamentos e o calor que te preenche.
Sou chama acesa, ardente, que necessita de oxigênio para crescer, devorar, engolir tudo o que aparecer pela frente.
Sou mar revolto em dia de tempestade e a calmaria que vem a seguir, trazendo tudo o que se desprende do fundo de mim.
Não sou pequena! Posso até parecer singela às vezes mas não sou humilde, sou maior e mais bonita do que se pode imaginar.
Confesso que viro bicho sim! Se não me dão o devido valor! Faço beicinho e até me jogo no chão! Me espatifo! Viro coisa feia quando mal interpretada ou recusada.
Como pode alguém não me querer?! Sou linda! Sou desejável! Consigo entrar e amolecer até mesmo os corações mais duros, mais secos! Não há como resistir a mim e uma vez, instalada, FICO! Só saio quando quero! Faço morada e ocupo todo o espaço disponível em seu coração.
Não reclame de mim! Te faço vibrar e sentir-se vivo só com um olhar! Também não chore por minha causa! Chore pelo outro que não me deixou entrar, mas não lamente por você, pois te escolhi e vou te tomar!
Sinta-se privilegiado de ser meu, pois como já mencionei, possuo, mas não sou possuída.
Quero você em todos os sentidos. Quero te fazer esquecer seus momentos tristes, quero te fazer sorrir sem motivo, quero te motivar tanto a ponto de te fazer se jogar, de cabeça, corpo e alma em mim! Sem medo, sem amarras, sendo puramente instintivo. Só assim posso te mostrar o que é ser loucamente feliz.
Mas para isso, só peço que me alimente, pois tenho fome e nesse momento, se não me sentir alimentada, pode ser que não haja tempo para tudo isso, pode ser que eu apague, como vela deixada ao léu...., posso morrer, definhar, padecer, desaparecer... sumir!
Posso ser a melhor coisa que já te aconteceu! Pensa nisso!
Deixa eu me alimentar de você vai...?!? Prometo que não vou te deixar mais fraco! Ao contrário, quanto mais alimentada eu for, mais forte você se sentirá. Porque é uma troca! Você me alimenta e eu te faço feliz! Loucamente feliz!
Parece insensatez, mas não é! É só minha essência, é só o que sou!
Me alimenta vai..., se entrega! Já estou em você..., já sou você!
Não me deixa assim, não se deixa assim!...
Um Beijo!
Paixão...


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MULHER É ASSIM!

Mulher é assim:
Consegue suportar uma seção de depilação completa, com virilha, buço, axilas e pernas, soltando somente um “ai” sufocado, seguido de um riso descontrolado, que significa “Puta merda! Sou muito burra! Nunca mais volto aqui!” e aí, no mês seguinte, volta, sem sequer lembrar da dor que passou anteriormente.
Faz as unhas do pé semanalmente, chorando pra desencravar o cantinho das unhas e sai da manicure se sentindo uma Diva, só porque passou um esmalte vermelho paixão!
Agüenta horas de equilíbrio em cima de um salto de matar, em nome da elegância e fetiche masculino.
Sofre calada a desilusão amorosa e se acaba nos doces pra compensar. Depois, briga com a balança e se mata de fazer exercícios porque perdeu o namorado e ganhou alguns muitos quilos a mais.
Chora assistindo comédias românticas e sonha com o final feliz do filme, mas não se arrisca viver paixões malucas, com medo de sofrer.
Embarca em aventuras que sabe que não tem futuro, se envolve total e completamente e depois, quando leva um pé na bunda, jura de pé junto que não está sentindo nada, mas quando chega em casa, ensaia discursos, caras e bocas em frente ao espelho, pra quando encontrar o dito-cujo.
Faz de conta que não lembra que o tal ex-namorado existe, mas quando ninguém ta vendo, vasculha sites de relacionamentos em busca de informações sobre ele.
Quando se desilude, chora quietinha e jura que nunca mais vai se envolver dessa maneira, mas é só encontrar um sorriso ou um olhar que a encante e pronto! Decide que sofrer vale a pena, desde que de que tenha alguns momentos de prazer e plenitude.
Se derrete quando alguém elogia sua prole e se entrega totalmente àquele que demonstra um mínimo de amor paterno. No caso das que ainda não tem filhos, imagina como serão os frutos dessa união tão promissora, afinal, ele disse que adora crianças!
Sempre que conhece um carinha novo, escreve um montão de vezes, seu nome, seguido do sobrenome do pobre coitado, só pra ver se combina.
Compra lingeries super elaboradas e planeja momentos e mais momentos para desfilar suas aquisições, enquanto o cara não faz nem idéia de todos os planos e pensamentos a dois que ela já criou.
Muda a cor do cabelo, alisa, enrola, prende, solta, faz o diabo achando que se mudar de aparência, vai ser mais notada ou vai tirar o que sente ao cortar os cabelos. Consegue se sentir outra mulher por alguns instantes, mas no dia seguinte, acorda e vê que nada mudou.
Sangra, chora e sofre durante uma semana inteira, uma vez por mês, diz que não agüenta mais passar por isso, mas se a tal menstruação atrasa um só dia, pede desesperadamente para sentir tudo aquilo novamente.
Diz  não, quando quer dizer sim. Diz talvez quando quer dizer não e diz Sim, quando quer que o mundo acabe naquele exato momento.
Mulher é exatamente assim!

Inteligencia Emocional

É muito complicado, ter que, diariamente, lidar com situações e pessoas diferentes. Difícil saber quando ouvir e quando calar. É a tal da inteligência emocional que todos queremos, mas nem todos temos.

Hoje cedo, depois de acordar uma hora atrasada, me vestir com a primeira roupa que encontrei e sair como uma louca de casa, recebi a ligação de um amigo que mora em outro Estado, dizendo que precisava da minha ajuda, pois não sabia o que fazer.

Conheceu uma garota que o fez sentir bem, "temos sintonia", ele diz, só que a moça chegou na casa dele altas horas da noite de ontem, dizendo que o amava, que queria definir a situação e que estava cansada de se submeter às regras idiotas dos relacionamentos que criamos, ou seria às regras que criamos, dos relacionamentos idiotas que temos?!

Enfim, a garota saiu hoje cedo da casa dele, e, meia hora depois de ter saído, enquanto falávamos ao telefone, ela ligou, dizendo que estava voltando.

O fato é que esse meu amigo, é exceção à regra do "foge que é encrenca!", ele balançou, ficou confuso e nesse exato momento, enquanto escrevo, deve estar pegando a moça de jeito pela milésima vez desde que ela entrou em sua casa de maneira tão intempestiva e inesperada. GAROTA DE SORTE ESSA VIU!!!

Desliguei o telefone, imaginando como seria a entrada dela, imaginando que ela não daria tempo sequer dele dizer "oi".

Tenho quase certeza de que ela desceu do carro, lascou-lhe um beijo daqueles de tirar o fôlego e fez o cara tremer dos pés à cabeça e só conseguir dizer "SIM!"

Nesse caso, quem é emocionalmente inteligente?! Ele, que disse sim e não deixou essa mulher tão incondicionalmente emocional escapar, ou ela, que deu uma chave de pernas no garoto e não deixou que ele pensasse nada além do sim?!

Desde o início do meu dia, estou pensando nisso de maneira incessante. Enquanto devoro castanhas, nozes e avelãs que meu colega de trabalho trouxe, no meio da minha crise emocional e de ansiedade, sinto inveja da tal moça.

Ela foi lá, decidiu pelos dois e hoje passará o dia com um sorriso de orelha a orelha, pois conseguiu conquistar seu objeto de desejo.

Pensei inúmeras vezes se ao invés de vir para o escritório, cumprir com minha carga horária, eu desviasse meu caminho e fosse ao encontro daquele que faz meu coração disparar. Sim, porque há dias, meu coração está batendo fora do meu corpo. Está longe, longe do meu corpo.

Me imaginei indo até meu objeto de desejo, jogando fora tudo o que pesa e me impede de ser mais louca do que o usual, soltar todas as amarras possíveis e passar um dia inteiro de sensações e sentimentos. Descartando todo e qualquer pensamento ou razão, até o dia acabar.

Imaginei o quanto seria bom sentir aquele calor novamente, aquele beijo que me faz perder o fôlego, aquele abraço que me faz sentir única.

Por alguns instantes, no meu caminho diário para a minha vidinha comum, fui tão feliz quanto gostaria de ser.

Dei seta, entrei à direita, desci a rampa do estacionamento e cá estou. Desejando, imaginando, querendo, mas fazendo tudo contrário.

Apaguei celular da memória, deletei mensagens, excluí e-mails, bloqueei das redes sociais e fiz exatamente tudo aquilo que aquela moça não fez.

Seria um ato de coragem ou covardia?! Me mostro superior ou frágil?! Estou fugindo ou evitando o sofrimento?!

O que é de fato ser emocionalmente inteligente?! Colocar o orgulho e o amor próprio acima de tudo ou agir de acordo com a emoção e o calor do momento?!

Não sei a resposta.

Só sei que hoje, no mundo, existe alguém emocionalmente feliz e que está pouco se lixando pro resto de nós!



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sobre o que realmente vale a pena


É difícil dizer o que realmente vale a pena hoje.
Os impulsos nos levam a atitudes pensadas, mas nem sempre sensatas.
O momento nos conduz a caminhos estranhos, lugares confusos e pessoas indecifráveis.

Coisas complicadas me dão preguiça.
Tenho preguiça de gente difícil, tenho preguiça de relações difíceis, e sinto que não vale a pena me mostrar pra pessoas que estão no auge da visibilidade e por isso, tornam-se inviáveis. O inviável nunca vale a pena. Essa distância me dá preguiça.

Muitas vezes brinco com situações inusitadas e algumas atitudes me fazem dizer “Cuidado! Senão apaixono!”. Brincando digo a verdade e brincando vejo e percebo que a verdade assusta.
Toda brincadeira tem um fundo de verdade e dizer a verdade sempre vale a pena.

Vale a pena dormir menos uma noite ou todas as noites, se houver entrosamento.

Vale a pena arriscar um sentimento novo, se houver algum benefício e nesse caso,  amar ou me apaixonar sempre trás benefícios.

Vale a pena usar roupas fechadas pra esconder marcas deixadas por um momento de prazer, e se esse prazer puder ser repetido, daí vale mais ainda. Se não, valeu!

Vale muito a pena arriscar uma relação de anos, por uma paixão enlouquecedora que surgiu num instante, num olhar, pois um momento presente bem vivido vale mais do que qualquer vida passada.

Vale a pena tudo e mais um pouco, quando vale a pena.

Vale a pena ser cada dia uma pessoa diferente, desde que todas elas sejam do bem.

Vale a pena sentir frio na barriga por alguém, desde que esse alguém tenha consciência do que provoca em mim. E sinta o mesmo.

Vale muito a pena tentar crescer de maneira saudável, sem deixar de ser criança.
Vale a pena chorar uma noite inteira, se for pra afogar um sentimento ruim e no dia seguinte, amanhecer inteira e sem vestígios do que me fez sofrer. Mas não vale a pena sofrer por algo sem fundamento.

Não vale a pena dedicar um olhar carinhoso e cheio de desejo se não houver reciprocidade, mas vale muito a pena desejar.

Não vale a pena me deixar marcar por algo sem sentido, tão pouco por alguém sem sentido. Mas vale muito a pena perder os sentidos por alguém.

Decidir o que e se algo vale a pena é muito relativo, extremamente difícil, pois às vezes, em momentos de fraqueza, me pergunto se viver vale a pena. Mas vale sim! Viver sempre vale a pena!

Não vale a pena gastar um dinheirão com cosméticos que ajudam a não envelhecer, se a alma estiver envelhecida. Mas vale muito a pena comprar um brinquedo e me sentir criança, não importando quantos anos tenho.

Não vale a pena me sentir só, quando há tanta gente no mundo, mas vale muito a pena me sentir muito bem acompanhada estando sozinha.

Muitas coisas na vida valem a pena e tantas outras que não valem nada, mas o que realmente importa é se você sente que vale a pena.
Eu acho que sim! E talvez você nem se dê conta disso!

Silêncio...

Sshshshshshsiiiiuuuu!..... Que barulho!

Ta ouvindo?!
É o barulho que esse silêncio faz!
É um barulho tão alto, tão agressivo que chega a doer!
Não ouve nada?!
É o barulho do seu silêncio!

Você fica aí, no seu canto, vivendo a sua vida, sem pensar em mim e fica quieto assim. Não me liga, não me procura e quando estou ao seu lado, não me olha..., parece que se me olhar, vai ser obrigado a me ver e não quer isso.

Esse silêncio tão cheio de barulho, de sentidos, de sentimentos.
Tantas frases não ditas, pensamentos não compartilhados, desejos não realizados, tudo o que está contido nesse seu silencio provoca em mim uma reação estranha, meus olhos cheios de lagrimas e você não precisou dizer uma só palavra pra que isso acontecesse.
Seu silêncio fala por você.

Por favor, não repete mais isso! Já sei que sou especial, que mereço alguém que goste de mim de verdade, que me mereça..., já sei tudo isso!
Repetir isso em pensamento tantas vezes não tem um resultado mágico ou um efeito especial, só me faz sentir menor!

É tão estranho e triste isso!
Me lembro de quando ficávamos horas conversando sobre os mais diversos temas e nem percebíamos a hora passar.
Atravessávamos madrugadas rindo feito crianças e quando acabava o assunto, falávamos sobre a falta de assunto, até que um assunto novo surgia.

Você me olhava com desejo e eu ficava vermelha só de imaginar o que poderia estar passando pela sua cabeça.

Ficava com o som da sua voz durante horas e horas e conseguia conversar contigo mesmo que você não estivesse lá.
Falava com o espelho e te ouvia responder.

Não consigo entender como alguém que tinha tanto a dizer, de repente não tem voz e dá espaço pra esse vazio.
Como pode esse silêncio agora ser e dizer tudo por você?!
E porque diante dele eu me sinto tão pequena?!
Porque ele é tão mais forte do que eu?!

Sei que esse silêncio é só parte do processo natural, já é um velho conhecido. Ele chega quando algo dá errado, quando sem perceber, a gente se perde e toma caminhos separados, e, o vão que se cria é o espaço exato que ele precisa pra se instalar, mas é tão triste!

Agora, tenho duas opções; ou faço de conta que não percebo e não escuto tudo o que ele diz pra ver aonde isso vai dar, ou me afasto mais, até que não consiga mais cruzar seu caminho e conseqüentemente, não consiga mais me incomodar com todo esse barulho.

Se eu escolher a primeira opção, vou sofrer ainda por um tempo e corro o risco de (se não conseguir me aproximar novamente de você), me acostumar com a indiferença e talvez estragar todas as lembranças boas que tenho de nós.

Se eu escolher a segunda opção, levo comigo todas as boas lembranças, espero a vida me trazer outra pessoa tão especial quanto mereço e tenho que torcer pra que se o silêncio resolver chegar novamente, eu já saiba como conviver, eliminar ou com sorte, eu já saiba como evitar que ele chegue.

Nossa..., meu silêncio e o barulho dos meus pensamentos superaram os seus...

Acho que agora, quem precisa ficar em silêncio sou eu!...

Paixão – Parte 2


Semana passada, no auge de todos os sentimentos e pensamentos possíveis, escrevi sobre Paixão. Sobre o quanto é alucinante, inebriante, empolgante, maravilhoso quando nos apaixonamos.
Porém, a paixão é mais ou menos como um foco de incêndio. Começa com uma faísca e dependendo do material que tem à sua volta, cresce, ou morre.
Como todo fogo, precisa de oxigênio para se alimentar e crescer, portanto, se soprarmos a faísca, ela se espalha e toma um espaço maior.
Se jogarmos mais objetos de fácil combustão, além de se espalhar, ele cresce, mas se ao invés disso, simplesmente sufocarmos, abafarmos, o fogo tende a se apagar. Morrer!
O medo que sentimos do desconhecido, sufoca.
As ilusões que criamos acerca do sentimento, espalham o fogo.
As decepções que temos durante o relacionamento, limitam o fogo.
As expectativas correspondidas alimentam o fogo.
É sempre assim! Não acontece nada diferente disso! Ou criamos combustível e propiciamos o crescimento constante da paixão, ou matamos o sentimento num único gesto impensado.
O grande lance é saber a dosagem certa de combustível ou o momento certo de abafar tal sentimento.
É horrível quando no momento mais empolgante do sentimento, alguém joga a toalha e esfria, apaga, acaba com tudo.
Também é horrível quando erramos a mão e temos uma espécie de overdose de paixão, porque daí, haja adrenalina e serotonina pra manter o equilíbrio emocional, a coerência, a visão! É perigoso entrarmos em coma!
Paixão não é um sentimento, é um mal necessário, é aquela coceirinha que sentimos no solado do pé, que por mais que incomode, é gostoso sentir.
Paixão, é o sono de cinco minutos depois que o despertador toca.
É  a chuva que cai durante a madrugada e nos faz sorrir quando pensamos, “ainda bem que estou na minha cama”!
É a raspa da panela de brigadeiro.
É o banho de chuva no dia mais quente do ano.
Paixão é tudo o que queremos, mas que nem sempre temos.

Vampiras Modernas - Parte 1


Durante uma aula de filosofia, um professor meio maluco, deu uma explicação super interessante sobre “Vampirismo”.

Durante a aula, falou sobre pessoas que se aproximam da gente e sugam nossa energia boa, nos deixando sem força, sem ânimo, sonolentos e sem sorte. Disse que em função do mito do vampiro, algumas pessoas, andam com dentes de alho no bolso, para evitar que sua energia seja sugada pelos vampiros que encontramos todos os dias.

Acredito nisso!

Às vezes um olhar diferente, nos faz sentir fracos, indispostos e bocejando incessantemente.

Mas também existe um vampirismo bom, o praticado pelo que chamo de Vampiras Modernas.

Há um tempo, durante um papo descontraído, voltando de um almoço com outras cinco mulheres, um dos vários assuntos discutidos era o quanto um garoto mais novo pode fazer bem para quem já passou dos vinte e cinco.

Vinte e cinco é uma idade ainda boa, porém, em função do mercado cada vez mais escasso em que nos encontramos, até mesmo pra quem ainda tem vinte e cinco, esta difícil encontrar alguém empolgante.

Uma delas, que já havia saído da casa dos vinte, defendia veementemente a tese de que um affair com um rapaz no mínimo cinco anos mais jovem é extremamente saudável e proporciona uma sensação de bem-estar indescritível. Ela disse que se sentia renovada ao final de cada encontro.

Na época, fui contra, afinal, o mínimo aceitável é que uma mulher de 25, venha a se relacionar com um homem da mesma idade ou mais velho, de preferência, cinco anos mais velho.
Onde já se viu, uma mulher de 25, sair com um garoto de 20?!

Pois bem, atualmente, dificilmente se encontra um homem de trinta ou mais que esteja solteiro e/ou afim de algo realmente sério.
Os homens solteiros nessa faixa estão querendo mais, muito mais e ao mesmo tempo, querem menos, beeem menos!

Como todos sabem, sou muitíssimo observadora e obvio que não posso levantar uma questão, sem ter realmente conhecimento de causa, então, fui à campo fazer alguns testes, e não é que aquela minha amiga tinha razão?!

Homens mais velhos e obviamente, mais experientes, são mais diretos, assim sendo, não há o período de beijos intermináveis, nem do papo contido, cheio de significados. Homens mais velhos dizem e fazem o que querem, o que é muito bom, mas menos instigante.

Garotos são contidos, tem fôlego pros beijos intermináveis, param as mãos em locais extremamente próximos ao destino final, mas não chegam lá e demoram séculos pra avançar o sinal, o que faz com que mulheres mais experientes sintam-se renovadas, desejadas, poderosas e eufóricas.

Tais reações, reanimam, rejuvenecem, empolgam e trazem felicidade.

Claro que a mulher, habituada com homens mais experientes e diretos, sofre para se acostumar com a falta de pressa de um garoto mais novo, afinal, o tempo do corpo da mulher muda de acordo com a idade e o apetite aumenta bastante. Quanto mais velha, mais apressada.

Concluindo, mas não finalizando, minha tese e finalmente concordando com minha amiga, sugar a energia de um garoto mais novo é realmente fantástico!

Não se trata de um vampirismo ruim, uma vez que há uma troca de energias.

Não posso ainda afirmar com toda certeza do quanto isso é positivo e os benefícios efetivos, pois não concluí meus estudos, assim sendo, tão logo eu tenha finalizado minhas pesquisas, volto a este assunto, que realmente, para mim, tem sido bastante interessante!


Vampiras Modernas – Parte 2


Recentemente escrevi sobre a prática do vampirismo que mulheres acima de 25 (sendo boazinha) praticam com rapazes mais jovens, seus benefícios e delícias.

Hoje, retomo esse assunto para citar outros pontos, que considero, importantes.

É fato que uma mulher mais velha se sente renovada, radiante e pra lá de jovem, quando “pega” um garotinho bonitinho, cheio de saúde e disposição, mas também é fato que mesmo sendo mais velha, se a mulher não tiver maturidade suficiente, não vai agüentar o tranco.
Não me refiro ao desempenho físico, mas ao desempenho emocional.

Veja bem, idade não significa maturidade, assim como pouca idade não significa inocência ou falta de malícia e maldade que só os homens sabem ter.
Assim sendo, deve-se sempre ter em mente que uma vez homem, independente da idade, sempre homem (em todos os aspectos), o que inclui a falta de delicadeza e de capacidade de apego.

Vampiras modernas devem ter em mente que mesmo sendo muitíssimo gostoso tirar uma casquinha de um garotinho, continuam sendo mulheres, portanto, permanecem munidas de toda carência afetiva feminina, podendo “cair de quatro” mesmo que seja por um ser cinco ou dez anos mais jovem.
A idade do garoto não funciona como escuto anti-afetividade.

Por mais modernas, descoladas e independentes que tentemos ser, seremos sempre mulheres!
Por mais jovens, inocentes e doces que pareçam ser, serão sempre homens!

Existe um outro ponto que deve ser levado em consideração; a juventude trás consigo uma altivez e uma prepotência que só os recém chegados à vida adulta conseguem ter, pois ainda não se deram conta do peso da vida adulta, não tiveram tantas decepções quanto um adulto, então, dependendo do elogio, da atenção ou do carinho dedicado ao ser a ser vampirizado, ele corre o risco de inflar, se sentir o máximo do máximo e aí fica difícil!

O ideal é que assim como a prática dos vampiros das histórias de terror, a vítima seja escolhida a dedo, sugada e largada para morrer agonizando e a mingua.
Se num momento de fraqueza, a dita vampira moderna sentir pena da vítima e/ou uma atração maior e cair na besteira de demonstrar o que quer e o que está sentindo, o resultado pode ser desastroso!

Sem contar que por mais gostoso que seja, sentir todo o frescor e o pique de alguém mais novo, nada substitui o prazer e o “saber fazer” de alguém mais experiente e vivido.

Há também o fator “day after”, que independe de idade, experiência, caráter ou qualquer outra coisa que se possa pensar.
O cara pode ter 15, 20, 25....50, ele não liga no dia seguinte. Isso é regra masculina!
Exatamente em função disso, sou fã dos filmes de terror e volto a repetir que o ideal é sugar, comer, devorar, se fartar e deixar a vítima morrer a mingua, independente da idade do fulano.

Os homens são experts na pratica do vampirismo, praticam isso há séculos e as mulheres não se dão conta!
Eles nos escolhem a dedo, sugam, comem, devoram e nos deixam morrer a mingua e agonizando de tristeza ao lado do telefone que nunca toca!

Mais atenção mulher! Você pode (neste exato instante) estar sendo vampirizada, criando situações, ilusões e fazendo planos pro futuro, sem se dar conta de que seu “Vlad” não vai te fazer uma vampira poderosa! Isso é privilégio das sete virgens, que estão muito bem guardadas no castelo dele, lá na Pensilvânia.

Estrela Cadente



Há alguns anos, vi uma estrela cadente, e, no susto, fiz meu pedido de maneira desordenada e confusa, assim como sempre são meus pensamentos.

Bem, lembrei-me de uma regra boba de matemática que diz “a ordem do fator, não altera o produto”, logo, PEDIDO FEITO!

Meu desejo se realizou exatamente na ordem que o fiz e obviamente, as coisas não saíram como eu gostaria.

Há algumas noites, sonhei com aquele momento e me vi diante daquela estrela novamente. Era minha chance de desfazer o erro e pedir tudo na ordem certa e foi o que fiz! Porém ao finalizar meu pedido, olhava para a estrela e via que não se tratava de uma estrela cadente, mas sim de um foguete, que desacoplava e caia no meio da represa, levando com ele, meu pedido.

Sempre quando publico um novo post ou conheço alguém diferente, me vem a pergunta: “será que um dia você vai escrever sobre mim?” e eu respondo: “Sim! Talvez! Se você me der conteúdo para ter sobre o que escrever, sim!”

Pois bem, hoje, não vou escrever sobre aquele ex-namorado, nem sobre o menino do Rio, tão pouco sobre as loucuras do meu chefe. Hoje vou escrever sobre pedidos feitos às estrelas erradas. Vou escrever sobre foguetes.

Foguetes que simplesmente passam, se perdem, desacoplam e caem em algum lugar do oceano ou ficam perdidos por aí.

Diariamente, desejamos um algo mais. Desejamos que algo mágico aconteça, que nossos sonhos se realizem e que consigamos ver estrelas cadentes riscarem o céu de maneira surpreendente e inesperada. Guardamos desejos prontos, para quando o momento chegar.

Achei de verdade que havia visto uma estrela cadente, achei de verdade que meu pedido seria realizado e que finalmente eu chegaria aonde sempre quis!

Mas não se tratava de uma estrela! Era só um foguete!

Um foguete como tantos outros que riscaram meu céu inúmeras vezes! Um foguete, que age de maneira mecânica e previsível. Um foguete que sequer tem noção do significado que o céu de escorpião tem em minha vida.

Era só um foguete...

Caiu!

Mas nem por isso vou deixar de olhar o céu, na esperança de uma noite dessas, dar de cara com aquilo que espero ver, e, então, poder fazer outro pedido, mais ordenado, mais coerente que vá se realizar da maneira como espero.

Foguetes........!!!