Semana passada, no auge de todos os sentimentos e pensamentos possíveis, escrevi sobre Paixão. Sobre o quanto é alucinante, inebriante, empolgante, maravilhoso quando nos apaixonamos.
Porém, a paixão é mais ou menos como um foco de incêndio. Começa com uma faísca e dependendo do material que tem à sua volta, cresce, ou morre.
Como todo fogo, precisa de oxigênio para se alimentar e crescer, portanto, se soprarmos a faísca, ela se espalha e toma um espaço maior.
Se jogarmos mais objetos de fácil combustão, além de se espalhar, ele cresce, mas se ao invés disso, simplesmente sufocarmos, abafarmos, o fogo tende a se apagar. Morrer!
O medo que sentimos do desconhecido, sufoca.
As ilusões que criamos acerca do sentimento, espalham o fogo.
As decepções que temos durante o relacionamento, limitam o fogo.
As expectativas correspondidas alimentam o fogo.
É sempre assim! Não acontece nada diferente disso! Ou criamos combustível e propiciamos o crescimento constante da paixão, ou matamos o sentimento num único gesto impensado.
O grande lance é saber a dosagem certa de combustível ou o momento certo de abafar tal sentimento.
É horrível quando no momento mais empolgante do sentimento, alguém joga a toalha e esfria, apaga, acaba com tudo.
Também é horrível quando erramos a mão e temos uma espécie de overdose de paixão, porque daí, haja adrenalina e serotonina pra manter o equilíbrio emocional, a coerência, a visão! É perigoso entrarmos em coma!
Paixão não é um sentimento, é um mal necessário, é aquela coceirinha que sentimos no solado do pé, que por mais que incomode, é gostoso sentir.
Paixão, é o sono de cinco minutos depois que o despertador toca.
É a chuva que cai durante a madrugada e nos faz sorrir quando pensamos, “ainda bem que estou na minha cama”!
É a raspa da panela de brigadeiro.
É o banho de chuva no dia mais quente do ano.
Paixão é tudo o que queremos, mas que nem sempre temos.
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