Olá...

Olá!

Estou bem sim, obrigada!

Confesso que ainda sinto muito a sua falta. Na verdade, não sinto sua falta, mas sinto falta de nós.

Ontem, enquanto ouvia uma música, me peguei lembrando de algumas sensações, de alguns momentos e senti aquele arrepio que te fazia rir de mim.

Lembra?! Meu corpo inteiro arrepiado, eu ofegante, você me perguntava se eu estava com frio e eu te respondia sem palavras, colocando suas  mãos no meu quadril... E assim a gente se encontrava e se perdia, entre suspiros, arrepios, mordidas e intensidade.

Gostaria muito de dizer que não me recordo do seu cheiro, que pensar no seu beijo não me causa  mais aquele frio na barriga e  que  meu  corpo já esqueceu o calor do seu.

Queria muito poder afirmar que outras bocas me contentam, e, que outros braços me contém e me mantém satisfeita.

Queria,  verdadeiramente, dizer que não sinto mais nada e que descobri que  nunca cheguei a te amar, que no máximo tive uma queda por você, e, que aliás, também já passou.

Me desfiz do presente que me deu, na esperança de que ao jogá-lo no lixo, me desprenderia de você, mas me enganei. Sabe aquela fita?! Não amarrou só meu pulso. Me atou a você!

Mais do que tudo isso, ao invés de um olá, gostaria que me dissesse que sente o mesmo, que me deseja tanto quanto eu te desejo, que seu corpo precisa do meu pra repousar e que sua alma, assim como a minha, finalmente encontrou uma maneira de se completar.

Lembro-me da sensação de acordar contigo. Perdida num triangulo, contida num abraço. Sua cama era um oceano e eu, à deriva, cedia prazerosamente aos seus apelos, até que madrugada virou dia,  manhã virou tarde e a estrada, ainda que longa, foi suave e doce.

Não tivemos muitos momentos, mas nossa intensidade e desejo fizeram com que nossos encontros tivessem e tenham ainda um significado, uma importância muito grande para mim.

Então fico assim, ora triste e pensativa, ora eufórica e ofegante e , quase sempre, perdida na lembrança de nós dois...

...

Olá!

Estou bem sim, obrigada!