Hoje, ganhei de presente este
termo: AFETIMETRO, que seria a medida do afeto. Gostei disso!
Como medir o afeto que o outro te
dedica?! Como explicar que o afeto que você dedica é maior? Ou menor?!A frase usada foi: “Lembra do Pessoa? “... tudo vale a pena se a alma não é pequena.....” a percepção da troca na relação dentro do meu ponto de vista, é muito subjetiva, o muito pra mim pode ser metade pra outro.. desconheço alguma métrica de afeto. Imagina 80 afetimetro meu contra 60 afetimetro do outro, é difícil né?..
Agora veja, se nossa expectativa
é diferente do que o outro entrega, seja pra mais ou pra menos, talvez o
AFETIMETRO servisse para balizar, para balancear, para talvez fazer com que houvesse
uma certa justiça no processo de dar e receber.
Não sei se foi Lenine quem
escreveu, mas há uma música que adoro na voz dele, intitulada “A Medida da Paixão”, em que diz “E não
é a dor que me entristece, é não ter uma saída, nem medida da paixão”, creio
que se houvesse o tal AFETIMETRO, haveria medida e saída...
O fato é que vivemos nessa busca
incessante pela medida certa do amor, da paixão da doação e não encontramos.
Nós mulheres reclamamos da falta de intensidade ou interesse, enquanto vocês
homens, reclamam do excesso de intensidade ou interesse.
Pedro Camargo Mariano, que também
canta “A Medida da Paixão”, canta: “E assim, repetindo os
mesmos erros, dói em mim ver que toda essa procura não tem fim, e o que é que
eu procuro afinal”, “Ser um homem em busca de mais...”, logo, a busca não é só feminina, a falta de
entendimento, de encontro, de medida também faz parte do universo masculino.Portanto, não falemos aqui sobre homens ou mulheres, mas sobre pessoas! Pessoas que buscam algo que nunca encontram porque esperam sempre mais do outro, porque infelizmente aprendemos a guardar sentimentos afim de nos resguardarmos e com isso, afastamos a possibilidade de encontrar aquilo que mais queremos, que é o amor em sua plenitude!
Minha
sugestão é que vivamos o amor em toda a sua intensidade! Mandemos flores,
deixemos bilhetes nos travesseiros, cantemos, façamos tudo aquilo que a loucura
da paixão pede e que acabamos reprimindo, exatamente por não sabermos a medida
da paixão do outro! Não há afetimetro!
Que
tal criarmos o tal afetimetro?! Talvez uma espécie de medidor, de termômetro sentimental,
uma fita métrica dividida em cores, um anel com pedra que muda de cor, enfim,
algo que é trocado entre pessoas que se conhecem e à medida que a cor muda, a
temperatura aumenta, e à medida se aproxima, daí sim, podemos passar a nos
relacionar em pé de igualdade! Que tal?!
Imagine
quantas frustrações seriam evitadas?! Imagine quantos corações seriam
poupados?! Quantos jantares seriam realmente desfrutados?! Melhor, imagine quantas
pessoas realmente felizes habitariam este mundo estranhamente vazio de
sentimentos puros?!
Poxa
vida, como seria bom!
Será
que algum cientista, algum cara cheio da grana, alguém emocionalmente carente
se interessaria em investir no AFETÍMETRO?
Quantos
ratos seriam sacrificados em laboratório?! Aliás, como será o coração partido
do ratinho?! Tadinho! Será que aguentaria a rejeição?! Aguentaria a
frustração?! Acho que não... Acredito que só o coração humano é capaz de criar
tamanha frustração, suporta-la e supera-la inúmeras vezes durante a vida... Sem
afetímetro...
Devo
confessar que meu coração, não sei se todos, então dessa vez falo por mim, é
uma espécie de suicida, de kamikaze, de paraquedista sem paraquedas, então, não
acredito que um ratinho suportaria tudo o que sinto...
Vivo
e morro de amor sempre e quando o amor me chama, mesmo às vezes fazendo
discursos (mentirosos) sobre minha posição contrária ao amor... O fato é que
mesmo sem afetímetro, ainda espero encontrar a tal “Medida da Paixão”...
Aliás, sendo honesta, com ou sem medida, ainda espero viver a paixão...
Aliás, sendo honesta, com ou sem medida, ainda espero viver a paixão...
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