segunda-feira, 29 de agosto de 2011

MEDO

Quando uma criança começa a andar, se logo nos primeiros passos, por acaso cair, ela fica com medo de andar novamente e aí o processo de aprendizado fica lento, requer paciência, dedicação dos pais e atenção de todos.

Quando adultos, já acostumados a cair e a levantar, continuamos com medo. Mesmo sabendo que não passaremos do chão, mesmo sabendo que conseguiremos nos reerguer, mesmo sabendo que esse não foi o primeiro, nem será o último tombo, ainda assim, sentimos medo.

Nas questões financeiras, no trabalho, com as novas e possíveis falsas amizades, nos novos e possíveis amores ou desamores.

Mesmo sendo uma Fênix, mesmo estando acostumada a me lançar nas chamas e das cinzas  renascer, ainda assim, temo o fogo, ainda assim, temo a queda.

Em nossa caminhada, nos acostumamos com as quedas, com os machucados, com as lágrimas e aí, quando algo genuinamente bom acontece, temos medo de que seja somente uma brincadeira do destino, uma ilusão momentânea, algo que se possa perder na primeira esquina, na primeira frase errada, no primeiro sorriso mais bonito.

Então, temos medo de dividir com o mundo aquilo que nos faz bem, com medo de que enquanto anunciamos a boa nova, levemos um tropeção, escorreguemos, paremos no chão novamente.

Em função disso, desse medo, só dividimos más notícias, só divulgamos nossos infortunios, só deixamos que os outros saibam dos nossos fracassos.

Por esse motivo, o jornal nacional só trás notícias feias, as pessoas ficam amargas, o mundo parece cinza.

Assim sendo, neste momento, contrariando as leis desumanas que criamos, indo contra tudo aquilo que meu corpo inteiro grita, por estar paralizado de medo quero e preciso dividir algo com vocês, algo que SIM tenho medo de perder, SIM tenho medo de ser só uma ilusão, SIM TENHO MUITO MEDO DE QUE NÃO SEJA VERDADE:...

NÃO! MELHOR NÃO.....

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