segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Normal (escrito em 02/06/2008)


Quero um dia anormal.
Quero chegar em casa e ter alguém pra falar sobre coisas engraçadas e não sobre infortúnios alheios.
Quero ligar a tv e só ouvir sobre cores, flores e clima agradável.
Quero olhar a rua e ver crianças brincando sem medo.
Quero dormir tranqüila, sabendo que meu país está em boas mãos.

Tristes têm sido os dias.
Aquele em quem devemos confiar e só receber amor, é capaz de um ato cruel sem motivo. Não há razão para a crueldade.

Alega-se inocência sobre o cadáver de um inocente.
Julga-se normal a violência e a pobreza que nos cercam.
Somos vistos como números, quando na verdade, somos um pedaço do céu.
Somos almas! Fomos almas...

Pobres! Somos todos!
Não importa o saldo bancário, o carro, a casa ou o que ostentamos.
Somos todos pobres! Pobres de espírito porque nos conformamos com todo o mal que nos cerca e somos miseráveis de coração, por não nos indignarmos diariamente.
Talvez até nos indignemos, mas então, somos fracos, pois não nos levantamos contra esse mal.
E se assim somos, então, somos infelizes, fingindo felicidade, ignorando a verdade que é tão cruel e sem cor.

Essa é uma visão feia do que somos?! Pessimista, acerca do que vivemos?!
Não! Essa é a visão crítica e franca, daquilo que vivenciamos e diariamente  consideramos normal, quando na verdade, deveríamos considerar imoral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário