segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Crença, Fé ou Esperança

Quase diariamente, recebo correntes com orações, imagens de anjos, santos e afins, e quase todos vêm com aquela famosa frase “se você não enviar a todos da sua lista...” Bullshit!

Acredito em Deus, tenho uma fé que não cabe em mim, mas não fico reafirmando isso por e-mail a todas as pessoas que conheço, tão pouco tenho medo de que algo ruim aconteça se eu deletar (e deleto) os e-mails de correntes de fé.

Hoje, fugindo à regra, decidi enviar um e-mail um pouco mais cristão, e encaminhei uma mensagem que recebi, não pela corrente, mas pela mensagem nela contida, daí, me lembrei de um rapaz que conheci há 10 anos, que se dizia ateu.
A convicção dele era tão forte, que me deixou dúvidas sobre a minha fé. Ele me fez pensar e questionar uma série de coisas, fatos e acontecimentos e por um breve instante, perdi minha convicção.
Mas foi mesmo um breve momento, porque em seguida, me lembrei de um fato que me aconteceu aos cinco anos, um fato, uma memória que guardo hoje como um dos meus maiores tesouros de infância.

Acredito que cada um, à sua maneira, em algum momento da vida, passa a acreditar no Ser Maior, seja num momento de felicidade e agradecimento, seja num momento de dor e arrependimento.
Incontestavelmente, não há um ser vivo neste mundo, independente de sua religião, crença, fé ou o que quer que seja, que ao ver um filho doente, um amor sangrando, ou um perigo muito grande, não peça e espere por um milagre e esse milagre, é um só! O poder de uma força maior agindo e nos tirando desse momento de angústia.

Porque resolvi escrever sobre isso hoje?! Porque ontem à noite, o livro de histórias escolhido pelo meu filho de cinco anos foi “Pipa Guerreira”, que ele ganhou da minha irmã, mas que eu nunca havia lido pra ele antes. Para minha surpresa, a história é mais do que linda, ultrapassa qualquer expectativa de um conto infantil, falando de maneira simples sobre Deus, sobre bem e mal e principalmente, sobre as escolhas que fazemos durante nossa caminhada aqui na terra.
Percebi que fiz inúmeras escolhas erradas, durante meu caminho, das quais me arrependo profundamente, mas tal leitura me fez ter certeza de que nem aqui, ou em qualquer outro mundo, apesar de julgada por muitos, não serei jamais condenada por aquele que me fortalece.

Não me envergonho de dizer que acredito em Deus. Fui batizada na igreja católica, freqüentei igrejas evangélicas (muitas), visitei centros espíritas com amigos e descobri que a verdadeira casa em que Deus precisa de fato habitar, é meu coração.
Buscar a comunhão com Ele na presença de outras pessoas é mero detalhe. Se Ele não estiver em mim e eu Nele, não adiantará estar na presença de um altar.
Pena que tantas pessoas se envergonhem de suas crenças.

Aquele meu amigo ateu, hoje, mudou de crença, por um momento de angústia que sofreu.

Aos cinco anos, deitei no quintal de casa olhando nuvens e vi uma imagem que sorriu pra mim, me fez ficar feliz e ter certeza absoluta de que há em minha vida uma proteção maior, um amor verdadeiro que não me pede nada em troca.
Coisa de criança? Pode ser! Mas a sensação foi guardada em mim.
Aos vinte e cinco anos, revivi a mesma sensação, e, ao me tornar mãe, me senti abençoada e parte de um universo sem fim.

Qual a mensagem que quero passar hoje?! Nenhuma em especial, a não ser dizer àqueles que me cercam, mesmo que só por e-mail, que sou grata por conhecê-los, sou feliz por tê-los como amigos e que espero que se sintam tão amados, quanto eu me sinto.

Não há necessidade de repassar este e-mail, não acontecerá nenhuma coisa ruim a você ou aos seus, seu computador não vai explodir e independente da sua reação ou pensamento ao terminar de ler meu texto, saiba que te amo e te respeito, independente da sua crença, fé ou esperança.

“Cheio de Deus, não temo o que virá,
Pois venha o que vier, nunca será
Maior do que minha alma.”
(Fernando Pessoa)

Carta ao Digníssimo


São Paulo, 26 de maio de 2008.


Ao
Sr. Digníssimo Responsável Por Nossa Cidade

Ref.: Solicitação de Sugestão

Prezado Senhor;

Primeiramente, sinto-me no dever de dizer que me tornei admiradora do seu trabalho, sua coragem e de seu empenho em realizar inúmeras modificações em nossa cidade, entre elas, a reabertura de duas estações de trens em bairros com moradores menos favorecidos, que certamente tornarão a subtrair os componentes das linhas de trens, como o cobre, por exemplo, para vender.

Aproveito ainda, para agradecer seu comparecimento na inauguração das novas estações de trens e ainda, para convidá-lo a novamente fazer tal trajeto, já que no momento de sua aparição, eu e outros milhões de usuários não estávamos presentes para dividir contigo tal alegria.
Assim sendo, o ideal é que sua nova aparição seja em dia útil, por volta de 17h00, para que possamos juntos, aguardar a passagem de no mínimo cinco trens, até que consigamos entrar em um não tão lotado, ou com espaço suficiente para nos apertarmos com os outros milhões de seres que lá estarão. Tenho absoluta certeza de que será um evento memorável!

Neste momento, e sem mais delongas, dirijo-me à sua preciosa atenção, para pedir-lhe um conselho, pois creio que o senhor, tendo chegado à posição em que ocupa atualmente, seja a pessoa ideal para me auxiliar a resolver meu impasse.

Não sei se é de seu conhecimento, mas vivemos numa cidade em que o transito tem se tornado insuportável e os transportes coletivos, verdadeiros tormentos para nós, simples mortais, então, hoje, após ser pela milésima vez esmagada, violentada, quase violada, com o sapato arrancado, a bolsa rasgada e o vestido levantado dentro do trem, decidi que realmente, tenho que apelar para alguém que talvez consiga me dar novas sugestões sobre formas de transportes e/ou meios para que eu consiga fazer meus trajetos de maneira no mínimo humana.

Coloco a seguir as opções que tenho atualmente, para evitarmos sugestões inviáveis ok?!

1 – Carro:
Tenho um carro 1.0, que é bastante econômico, sem luxo, sem ar, sem direção, um carro simples mesmo, mas ótimo para o meu padrão de vida. Para encher o tanque de combustível, gasto R$100,00 e um tanque dá para duas semanas de trabalho, pois o trajeto é curto, sem transito, são somente 20 minutos.
A região aonde trabalho tem um custo muito alto, então, a diária de estacionamento no prédio custa R$45,00 e não há vaga para mensalistas. Nos arredores o custo é de R$18,00 a diária e R$180,00 para mensalistas, o mais barato. Não me arrisco deixar o carro na rua, pois mesmo tendo seguro, não sei se posso confiar na ação dos policiais, sempre muito prestativos e ainda, se vou encontrar meu carro nas mesmas condições em que deixei.
Fazendo uma conta rápida, meu gasto mensal, para trabalhar de carro seria de R$380,00, sem contar gastos com desgaste normal do veículo, troca de óleo e demais componentes.
Seria ótimo, SE eu realmente conseguisse fazer o percurso do trabalho em 20 minutos. Acontece que, infelizmente, já fiz o teste e são DUAS HORAS para fazer esse mínimo percurso.
São duas horas cozinhando dentro do meu carrinho 1.0, super confortável, porém, contribuindo para a emissão de poluentes e para a falta de qualidade de vida, já que são duas horas em que o único exercício que faço é mudar a marcha de primeira para segunda enquanto em minha mente, passam coisas que não posso aqui mencionar.



2 – Ônibus:
Com a integração dos transportes coletivos, muitas linhas de ônibus foram alteradas, assim sendo, meu bairro conta hoje com linhas alternativas, que percorrem diversos bairros vizinhos, aonde há um grande número de moradores. Quando o transporte finalmente, após no mínimo 30 minutos de espera, passa pelo meu bairro, encontra-se lotado. O valor da passagem é R$2,40, então, por dia, eu gastaria R$4,80 para permanecer as mesmas duas horas parada no transito, só que sem conforto algum, de pé, respirando o mesmo ar que no mínimo outras 50 pessoas estarão respirando.
Mais uma vez, façamos a conta rápida. São R$115,24 (24 dias úteis) para ficar duas horas parada no transito, em pé, sendo apalpada, encoxada, desrespeitada e moralmente agredida.

3 – Trem
Este tem sido meu atual meio de transporte.
Por uma série de razões, já mencionadas, entre outras, optei por utilizar os serviços da CPTM. São R$4,80 por dia e 20 minutos de percurso. Os trens contam com ar condicionado e som ambiente.
Ótimo não é mesmo?! Não! Não é mesmo!!!
Exatamente em função da abertura das novas estações, integração do transporte coletivo e transito impraticável, os trens são superlotados, o ar condicionado não suporta tanta gente e o som ambiente deixou de ser ambiente faz tempo, muitas vezes, ultrapassando o limite máximo do suportável. São 20 minutos de horror.
Sabe aquela lei da física que diz “dois corpos não ocupam o mesmo espaço”?! Então, diariamente, durante esses 20 minutos, as pessoas que utilizam o trem, tentam modificar tal lei, e, honestamente sinto que estão prestes a conseguir tal feito! Outro dia, uma moça desmaiou e continuou em pé! Consegue imaginar?!

Assim sendo, já que não tenho conseguido pensar em outros meios de transporte, venho tentando usar minha criatividade e pensei em duas alternativas que talvez o senhor possa utilizar como meta para sua próxima campanha.

A primeira é simples, economicamente e ecologicamente correta! É só transformar aquela marginalzinha que fica entre a linha do trem e o rio pinheiros em uma ciclovia!
As pessoas poderiam percorrer a marginal de bicicleta, fariam exercício físico, manteriam a boa forma, economizariam dinheiro e ainda, ajudariam a diminuir a poluição da cidade. Tal medida também seria ótima para empresas como Caloi e a Monark, que como conseqüência, conseguiriam  reestabelecer-se no mercado, passariam a produzir mais e conseqüentemente, passariam a contratar mais funcionários! Seria fantástico! O único porém, é que as empresas necessitariam contar com estrutura para que os funcionários pudessem tomar banho e trocar de roupas ao chegar  e obviamente, o policiamento da ciclovia teria que ser rigorosíssimo. Mas isso não seria difícil para o senhor, seria?!

A segunda opção, é um pouco mais custosa, mas não deixa de ser uma idéia! A criação de uma nova forma de transportes coletivos!
Helicópteros Coletivos!!!
Imagine o sucesso que o senhor faria!
Já que não há mais espaço para carros e ônibus nas ruas, já que o trem é um horror e ultimamente, não temos muitas opções então utilizemos o espaço aéreo para nos locomovermos!
Eu, particularmente, já pensei em comprar um helicóptero, mas infelizmente, meu pequeno salário mal dá pra pagar a parcela do meu carro, então, creio que a parcela de um helicóptero pesaria muito no meu orçamento, além da necessidade da contratação de um piloto, heliponto, enfim, medida individual inviável, mas como meio de transporte coletivo, seria ótimo!

Bem, Sr. Digníssimo Responsável, minha carta acabou ficando um pouco mais longa do que imaginei, mas continuo ainda com a mesma questão em mãos! O senhor tem alguma sugestão adicional para que eu possa chegar até meu trabalho e retornar à minha residência com um pouco mais de tranqüilidade e civilidade?!

Sendo só para o momento, agradeço imensamente por sua atenção e aguardo retorno!

Afim

Existem pessoas que por incrível que pareça, conseguem estar, se envolver, entrar e permanecer em situações das quais não estão afim, logo, colocam-se afim de agir em sentido contrario  ao que realmente querem.
Eu, particularmente não consigo.
Não consigo dizer sim quando quero dizer não, assim como não consigo esconder o que quero, quando quero algo.

Agora, me pego pensando em pré-disposições, em estar afim, em desejar, querer e torcer para algo.

Estou realmente afim de que algo diferente aconteça! Estou pré-disposta!

É um risco bastante grande se colocar em tal posição, pois pra isso, encontro-me totalmente aberta às ações e reações alheias que eventualmente possam me fazer feliz ou infeliz, mas isso não importa! O que importa é que estou afim!
Estou afim saltar de pára-quedas, de fazer bungee jump, aulas de boxe, participar de uma maratona, voar de asa delta, conhecer o cristo redentor, amanhecer na praia e tomar um porre de tequila.

Estou afim de conhecer um louco alucinado que me leve pro espaço (não me mande pro espaço), me faça ver estrelas (de prazer e não de dor) e que me faça rir (de felicidade e não de raiva) e que esteja lá sempre que eu precisar (não importa aonde fica lá, basta que ele esteja lá).

Estou afim de dizer tudo o que penso e o que quero, na hora que penso e o que quero (ops! Isso eu já faço!).

Estou afim de mandar às favas tudo aquilo que é chato e considerado “politicamente correto” e partir pro que é incorreto, imoral e incerto!

E a próxima vez que eu ouvir alguém dizer que não sabia como me dizer não, vou ficar muito afim de mandar pro inferno, caçar pêlo em ovo, pentear macaco e todos aqueles termos que meu pai usava em mil novecentos e bolinha com as pessoas que ele considerava medíocres e depois vou sair andando com os pés no chão, porque isso, eu sempre estou muito afim de fazer, nesse ponto sou bem parecida com ele, detesto mediocridade e conformismo! Detesto saber que sou mais forte que o outro! Não fico nem um pouco afim de gente assim!

Fênix

De acordo com a mitologia grega, Fênix é um pássaro que renasce das próprias cinzas.

“A Phoenix mística vive entre ervas e temperos aromáticos tais como canela, olíbano e mirra. Após viver por 500 anos, ela constrói um ninho destes materiais no alto de uma árvore. O pássaro então ateia fogo no próprio ninho e se deixa consumir pelas chamas, de suas cinzas nasce um novo Phoenix para viver outros 500 anos. O historiador grego Herodotus, no quinto século AC, descreve o pássaro como a maior parte sendo dourada e com parte da plumagem avermelhada, tendo a forma e o esboço de uma águia. Na mitologia Egípcia, a Phoenix é reverenciada como a personificação de Ra, o Deus do Sol. A Phoenix é associada à imortalidade.
Phoenix é a palavra grega para vermelho escuro ou roxo. Phoenix também é chamada de Fenix ou Phoinix (Grego). A Phoenix é um símbolo de esperança e renascimento. Frequentemente associado ao Pássaro do Paraíso, esse pássaro místico é o único da espécie. E por causa disso, o poderoso deus jurou que enquanto a Phoenix viver, existirá esperança no mundo. Como é dito, quando a primeira queda do tempo de espera estiver comprometida, uma faísca de fogo cairá da espada do anjo e ateará fogo no ninho da Phoenix e ela perecerá. Após o último período refrescando-se, de um pequeno ovo vermelho, surgirá um pássaro solitário, um Phoenix mais bonito e mais forte do que antes.”

Algumas pessoas tem o dom de renascer das próprias cinzas e como a Fênix, ressurgem com mais brilho, mais vida e muito mais força.

Ser Fênix não é dom de todos. É privilégio e maldição de poucos.

Ser Fênix requer um coração especial, uma alma pura e acima de tudo, uma capacidade infindável de amar e perdoar, mesmo quando não se é amado ou perdoado.

Existem muitos falsos pássaros, imitadores comuns, como um carcará imitando o vôo e a majestade de uma águia. Ao longe, pode-se confundir, mas se olharmos de perto, notamos a diferença da postura em solo e em sua alimentação. No chão, o carcará não passa de um parente do urubu que se alimenta de lixo.

A Fênix de verdade não precisa se auto-afirmar, ela simplesmente é, e, é reconhecida aonde quer que vá, porque seu brilho inconfundível desperta o melhor e o pior daqueles que a cercam.

A Fênix falsa, assim como o carcará, confunde à distância, mas de perto, é só uma ave que tem pena de si mesma e quer crer e fazer crer que há algo de especial em si.

A verdadeira Fênix não sente pena de si mesma, não reclama suas dores ao mundo, não proclama seus problemas aguardando uma solução miraculosa, tão pouco espera despertar pena dos que a cercam. Ela lambe as próprias feridas porque sabe o poder de sua saliva e tem também o dom de acolher e curar as feridas daqueles que precisam.

Apesar de toda a sua beleza e força, a Fênix sofre mais do que o comum. Em silêncio chora, vive e resolve seus problemas, um de cada vez, dando o melhor de si em todas as situações. Ama mais do que o comum e por isso se expõe e se entrega em demasia, o que propicia um risco maior de desilusão e dor.

Mas a vida da Fênix não é só sofrimento e dor. Ela vive mais, ama mais, sonha mais e faz tudo o que está em seu alcance. É intensa, bela e inteira.

Então, quando chega o momento de entrar em combustão e virar cinzas, ela queima suas amarguras, sua dor, seu desamor e tudo o que a fez chorar, e, ao renascer, sente-se plena porque não se arrepende de tudo o que viveu.

Assim, pronta para alçar novos vôos, ela não se lembra do ardor do fogo, ou da dor que sentiu. Leva consigo apenas a esperança de uma nova vida, o brilho renovado de sua plumagem e o aroma de canela.


Coração de Menina (esse eu escrevi no aniversário da Alê)

Esse coração acelerado que insiste em se iludir.
Que bate forte só de pensar em coisas boas, dizendo que são ruins.

É um coração confuso, cheio de medos, de anseios e de desejos secretos. Esconde coisas querendo contar, conta coisas que devia esconder.

É um coração que ainda tem muito a aprender.
Vai descobrir que quando crescer, vai doer de amor, vai chorar de alegria e vai morrer quase todo dia!

A dona do coração?! Tem um brilho triste nos olhos, como se tivesse um segredo e fosse toda um grande mistério.

Fico torcendo por essa menina, para que encontre o que o coração dela procura, pois enquanto estiver nessa busca, vai sempre lhe tirar o ar, lhe deixar zonza e angustiada de tão forte que bate!

Ela às vezes, faz de conta que é indiferente. Faz de conta que não sente o coração bater forte, mas ela não entendeu ainda que quanto mais ela tenta ser indiferente, mais ele acelera, grita e aperta, quase sufocando, fazendo com que os olhos da menina transbordem.

A menina e o coração, vivem brigando e ela quase sempre sai chorando, porque o coração é teimoso e forte, e faz questão de provar sua força!

Mas esse coração não é mal!
Ele é bom, doce e generoso, mas está buscando mais, desejando mais, querendo mais e a menina, não sabe ainda se tem forças pra satisfazer todos os caprichos e desejos desse coração.

Doce menina, dos olhos tristes e do coração caprichoso, vai ainda se tornar uma grande mulher, ser muito mais do que pode sonhar!

Pode ser que os olhos da menina estejam sempre cheios d’água porque ela é de aquário e talvez, lá no fundo dos olhos, se olhar bem te pertinho, poderão ser vistos peixinhos, dourados, verdes e vermelhos, que brincam de esconder o tempo todo!

Então na verdade, os olhos são sempre uma festa de cores e lágrimas e o que parece tristeza é só a grandeza de seu coração!

Aluga-se

Aluga-se um cantinho bacana, construído com muito carinho em agosto de 1978.

Considerando-se a idade, o estado de conservação e a localização, posso dizer que aquele que tiver o privilégio em aluga-lo estará muito bem instalado.

A vizinhança é bastante harmoniosa e possui algumas personalidades interessantes, havendo colaboração e atividade conjunta entre os condôminos, que há quase 30 anos, vivem em perfeita harmonia.

O sindico, Sr. Cérebro é um pouco teimoso e raramente entra em concordância com as alterações ocorridas no imóvel, porém, não creio que isso seja um problema difícil de ser contornado. Com bons argumentos, pode-se chegar à um entendimento positivo, afinal, o Sr. Cérebro não é tão inflexível assim! Ele só é cheio de idéias.

Os ocupantes anteriores do imóvel provocaram alguns pequenos danos, arranhões nas paredes e não deram muita atenção ao esplêndido jardim que havia lá, porém, não se trata de danos irreparáveis, uma reforma simples e uma dose especial de carinho serão suficientes.

Quanto ao jardim, se houver um cuidado especial com as mudas que restaram e se as ervas daninhas forem retiradas, acredito que possa voltar a florir e se isso não ocorrer, o terreno é bastante fértil e flores novas podem ser plantadas. Ele certamente recuperará todo o seu colorido e vida.

Solicito que somente manifestem intenção em conhecer o imóvel, aqueles que estiverem dispostos a permanecer tempo suficiente para que se possa construir uma história, pois houveram ocupantes passageiros e após algumas experiências pouco positivas, descobri que este tipo de aluguel não é proveitoso e contribui para a depredação e depreciação desnecessária do imóvel.

Os interessados em conhecer o imóvel, devem endereçar suas intenções para:

Cond. Ed. Da Pessoa Que Quer Amar
Rua do Coração, s/n
A/C... (Xiii, e agora?! Não tem ninguém lá pra receber as correspondências!)

Ah se eu soubesse...

Se eu soubesse de algumas coisas antes, talvez hoje, eu seria mais, bem mais feliz do que sou.

Veja bem, não sou infeliz, só poderia ser diferentemente mais feliz...

Se eu soubesse que formigas lava-pés são chamadas assim, não porque são bonitinhas, mas  porque cobrem seus pés e te picam incessantemente em grupo, eu não teria pisado descalça na horta de casa, tantas e tantas vezes...

Se eu soubesse que chuvas de verão são a coisa mais gostosa do mundo e que só fazem sentido para pessoas com menos de 18 anos, eu teria tomado mais uma dúzia delas... (com ou sem pneumonia)

Se eu soubesse que minha casa deixaria de ter jardim, eu teria observado mais as borboletas... que saudade das margaridas!

Se eu soubesse que meu papagaio fugiria assustado com o latido do cachorro, eu teria deixado que as asas dele crescessem mais, pra que ele pudesse ir mais longe do que até o quintal do vizinho...

Se eu soubesse que meu primeiro amor se tornaria uma lembrança distante (quase um estranho), eu teria sofrido menos, e amado mais. Teria mandado mais cartinhas escritas em papéis de carta floridos e sonhado muito mais com o futuro que nunca chegou...

Se eu soubesse que a vida me pregaria peças (tantas), eu teria ensaiado mais e melhor.
Teria encenado cada uma delas com mais vigor, com mais amor...
Teria saído de madrugada pra encontrar quem me tirava o sono.
Teria beijado mais com a desculpa de me despedir mais uma vez.
Teria ficado mais até mais tarde.
Teria saído mais cedo...

Se eu soubesse que paixões são ótimas quando acontecem, mesmo com o estrago que causam quando deixam de acontecer, eu teria me permitido apaixonar mais vezes...
Teria chorado mais,
Teria arriscado mais,
Teria enlouquecido, enfurecido e acontecido muito, muito mais...

Se eu soubesse que sentiria saudade do que deixei de viver...
Se eu soubesse que não haveria uma outra vez...

Se eu soubesse que todos os sentimentos que uma foto me trariam... teria tirado outras!!!

Se eu soubesse que estar perto de Deus é bem mais simples do que imaginei...

Se eu soubesse que um sorriso do meu filho seria capaz de tirar de mim qualquer sentimento ruim, eu não teria me preocupado tanto e não teria gasto tanto com renew... maldito vinco no meio da testa!!!!

Se eu tivesse certeza absoluta de que meu próximo passo vai ser certo..., não andaria por caminhos tão incertos...

Se eu soubesse antes, muito antes que por mais que eu tente evitar, minha vida sempre vai me surpreender..., eu teria ensaiado outras caras na frente do espelho, pra não correr o risco de repetir sempre a mesma expressão...

Se eu soubesse antes que é tão bom rir de mim mesma, teria sentido menos vergonha e não me arrependeria nunca!

Sabe o que é pior?! É agora que eu sei de tudo isso; nada vai se repetir, porque a vida é assim..., quando a gente aprende uma lição, vem uma nova, ainda mais difícil...


Ana Paula.
27 de setembro de 2007.

O que eu quero? - Parte 2

Semana passada, escrevi sobre não saber o que queria e mais, escrevi sobre de maneira geral, aquilo que me incomoda e que só percebi ou só senti quando uma pessoa me questionou a respeito.
Como não gosto de deixar nada sem conclusão, hoje, uma semana depois do ocorrido, chego à um conceito. Não ainda uma conclusão, mas um bom conceito.
Sempre gostei de pensar que existem universos paralelos à este que vivemos, e, que temos diversas vidas, diversos caminhos. Diferentes histórias que correm juntas, sem nunca se encontrar.
Nesta vida, escolhi o mundo corporativo, que é ao meu ver, o mais competitivo, o mais sedentário, o mais cruel dos mundos.
Nesta vida, não há tempo para erros, para escolhas erradas ou para indecisões. Aqui tudo é muito rápido, muito dinâmico e cada passo em falso representa anos de defasagem com relação aos demais seres viventes.
Uma vez, conversando com a minha mãe, tentando entender a forma como ela viveu e o que para ela realmente tinha valor ou não, ouvi uma história sobre um irmão que perdeu ainda bebê, de desidratação. Minha mãe, aos 8 anos, era responsável pelo cuidado e alimentação do pequeno e não sabia que era importante que ele bebesse água. Ao concluir a história, ouvi minha mãe dizer “filhos eram criados como Deus criou batata”.
Minha mãe não sabe ler, nem escrever, cresceu vendo os pais sem casa própria, sem comida no prato para dar aos filhos, sem o mínimo conforto para viver, perdendo filhos pelo caminho.
Todo ser humano aprende e tira da vida aquilo que não quer para os filhos. Minha mãe não foi diferente. Preocupou-se em alimentar, vestir e abrigar os filhos, então, no que se propôs, saiu vencedora. Nenhum dos filhos passou fome, morreu de sede, ou ficou ao relento e todos sabem ler e escrever.
Outro dia, no ambiente de trabalho, estávamos falando sobre essa geração de profissionais, que cada vez mais jovens ingressam no mundo corporativo, tem cargos de destaque, possuem formação de qualidade, falam diversas línguas, já viajaram praticamente o mundo inteiro e que nos colocam no chinelo, porque a nossa geração estava preocupada em curtir baladinhas, em ser antes de ter.
Essa geração é formada por filhos de pais jovens, que viveram e vivenciaram experiências que não queriam que os filhos também tivessem. São pais que chamo de “Facilitadores” e em alguns casos “Provedores”.
Não digo que essa é uma regra, mas é parte do que vejo diariamente e que agora compartilho.
Hoje, fui novamente questionada sobre o que quero e minha resposta foi simples e objetiva. “Quero que meus filhos tenham um futuro diferente do meu. Quero que tenham tranquilidade em suas vidas”. Com isso, quis dizer que não me importo em trabalhar por sobrevivência hoje, para que meus filhos possam viver o amanhã que lhes pertence.
Quero poder ser uma mãe facilitadora.
Para minha mãe, o que importava era o teto e a comida e foi isso que ela ensinou e instigou que os filhos buscassem. Todos, sem exceção começaram a trabalhar aos 14 anos, para que não faltasse o teto, a comida e o que vestir. Lição aprendida.
Tenho um sobrinho com a minha idade. Temos exatos 3 meses de diferença, mas somos de gerações totalmente diferentes.
Ele, filho da minha irmã mais velha, que já viu e viveu tudo o que vivo hoje, teve todo o estimulo necessário para que buscasse mais do que o conforto diário. Minha irmã foi “facilitadora”, provendo, cuidando e zelando para que ele se tornasse mais do que ela foi.
Meu sobrinho, que tem a minha idade, é hoje empresário. Trabalha para si, tem seu conforto e já planta o futuro dos filhos. Eu, criada pela mesma mãe que criou meus outros 9 irmãos, não sou metade do ser que ele é. Não no mundo no corporativo em que vivo.
Hoje, comer, vestir e morar não tem a mesma importância que tinha antigamente, porque essa era a preocupação dos pais da geração anterior. Sobreviver era preocupação da geração anterior.
Hoje, apesar de viver aqui, no meio de pessoas que tem a minha idade, ou mais jovens, tenho que ter a preocupação da geração anterior. Tenho que me preocupar em ser facilitadora e provedora, ao mesmo tempo em que esse mundo corporativo me força a acompanhar o ritmo de uma geração que veio depois da minha.
Na conversa de hoje, me pediram para fazer uma projeção de onde eu quero estar daqui cinco anos e minha resposta foi “se eu conseguir ter tranquilidade para me livrar dos problemas atuais e prover meus filhos daquilo que eles precisam, já me darei por vencedora. Depois, me sentindo bem comigo e com eles, daí penso em ir atrás daquilo que quero”.
Obviamente, a resposta à minha resposta não foi a melhor, pelo contrário, me propuseram um novo exercício, mas esse não vem ao caso agora, esse será material para outro texto, depois de outra reflexão, pois como falei lá no começo, esse é somente um conceito, não uma conclusão.

domingo, 24 de outubro de 2010

Urgente, Prioritário, Importante e Emergencial

Urgente, Prioritário, Importante e Emergencial


Muita gente confunde os conceitos, sobre o que é realmente urgente, prioritário, importante ou emergencial.
Conversei hoje sobre isso. Sobre a pressa que algumas pessoas sentem e que pode ser encarada como objetividade, assanhamento, saliência ou falta do que fazer mesmo. Depende de quem está do outro lado. E dependendo de quem está do outro lado, a reação é imprevisível.
Decidi então, colocar pontos, pra esclarecer o que é, na minha opinião, urgente, prioritário, importante ou emergencial.
Urgente é quando algo incomoda, atrapalha, tira a concentração e o fôlego, torna-se urgente e é fundamental que seja logo resolvido, porém, não depende só da vontade de uma pessoa, depende de fatos alheios à nossa vontade e não tem tempo determinado para ser resolvido.
Exemplo: preciso arrumar um namorado com urgência, pois quero alguém pra conversar, fazer carinho e dar beijinhos!

Prioritário é bastante difícil de definir, pois também depende de outras circunstâncias e requer um estudo minucioso acerca do problema.
Exemplo: tenho urgência em arrumar um namorado, porém, caso não ocorra, minha prioridade é arrumar um amante, pois além de solidão, há a falta de sexo, que deve ser logo resolvida, pois exercício físico é fundamental.

Importante acompanha o prioritário e o urgente, agindo como complemento de um ou de outro.
Exemplo: tenho urgência em arrumar um namorado e é prioritário encontrar um amante, mas é importante que seja alguém legal, interessante, gostoso e bom no que faz, senão, não adianta.

Emergencial é o extremo. Urgente, Importante e Prioritário. Nesse caso, quando bate o desespero, não é necessário que seja um namorado ou amante e só é importante que seja bom de cama mesmo!

Um mundo em mim


Cada pessoa é um mundo.

Dividido por continentes e países, cheios de conflitos internos, políticas contraditórias, dívida externa, imoralidade, fome, pobreza, desigualdade social e tudo mais.

O Continente Racional tenta ser o mais correto e coerente, lutando insistentemente pelo bem estar geral, mas a severidade do Cérebro, um estadista, extremamente conservador, às vezes compromete o bom andamento dos demais continentes, fazendo com que nem sempre seja ouvido e obviamente, entre em colapso quando ocorre uma revolução.

O Continente Emocional geralmente toma a frente de toda e qualquer situação, mas seu líder, o Coração, é um anarquista por natureza e tende a criar as revoluções que tanto incomodam o Racional e provocam abalo em todos os outros continentes.

Personalidades, é o melhor e o mais complexo de todos os continentes, pois ele é influenciável e se divide entre a coerência do Racional e a forma apaixonante do Emocional se apresentar. É vulnerável a ponto de se deixar seduzir por uma proposta mais tentadora e por esse motivo, muitas vezes, se torna sem identidade e é automaticamente desvalorizado. É instável, com mudanças climáticas repentinas, porém em função de sua paisagem poder se adaptar rapidamente a diferentes situações, tem a capacidade de confundir seus visitantes, o que faz com que seja amado e/ou odiado.

As condições gerais do mundo, dependem muito do entendimento desses três continentes, pois quando estão guerreando entre si, a tendência é de que os vulcões entrem em erupção, alguns rios transbordem, os mares fiquem revoltos, hajam terremotos e maremotos e claro que quando isso acontece, é cada um por si e Deus por todos. Os anarquistas se agitam, os estadistas ficam inconformados, a economia vai pro espaço, há instabilidade e descontentamento total e tudo aquilo que é administrado diariamente, vem à tona de uma só vez, podendo causar danos  bastante extensos ou irreparáveis em alguns países.
Até que a paz volte a reinar, até que os três continentes consigam entrar num acordo e até que tudo volte ao normal, o aquecimento global toma conta, desmatando, desmembrando, causando extinção de sentimentos nobres e atitudes louváveis.

Ainda bem que o mundo não é feito só de anarquistas, estadistas e continentes distintos. Dentro dele existem e habitam inúmeros seres capazes de se refazer, independentemente dos problemas ocorridos, habilitados com o dom da esperança eterna de que um dia, talvez por um milagre, esse mundo todo, deixe de ser tão dividido e volte a ser uma coisa só e seja muito melhor do que é hoje.

Substituir o bem

Há um tempo atrás, comprei um carro que deu problema logo na primeira semana.

Fiquei muito brava!

Tive que voltar a loja umas três ou quatro vezes, munida de toda a paciência que Deus me deu e toda a delicadeza feminina, quase chorando às vezes e não funcionou!

Só consegui ter a devida atenção, quando joguei a chave do carro na mesa do vendedor e disse em alto e bom tom que ele teria que substituir o bem, porque eu estava cansada de ter que brigar. E quando ele tentou me enrolar, usei um tom bem firme, dizendo que conhecia todos os meus direitos e deveres e que ele, como vendedor, não estava cumprindo com a parte dele.
Conclusão: meu carro saiu zerado da loja.

Fazendo uma analogia, é assim também nas relações humanas.
Você conhece alguém que a principio é perfeito, ta lá na loja, assim como o carro.
Se você tiver sorte, não tem problemas durante anos, mas se estiver sem sorte, bastam alguns quilômetros e o pesadelo começa.

Fura o pneu, o escapamento dá problema, o motor faz um barulho estranho, a correia parece que tem um grilo e a repimboca da parafuseta enguiça!

Dor de cabeça, traição, TPM, mal humor, o comportamento muda, reações adversas acontecem e o diálogo acaba!

Ih Dona! O Problema é o cabeçote da cebolinha (ou o cebolão da cabecinha, sei lá!)”

Ah amor! Não sei mais o que sinto! Ta tudo tão confuso!”

Daí, é mesmo hora de jogar a chave na mesa, chega de DR, e vamos pra substituição do bem!

A loja é enorme, tem vários tipos diferentes e atraentes! Obvio que um deles vai te encantar e servir perfeitamente pro que você quer e precisa!

Ótimo esse negócio que inventaram de substituição de bem!


Sobre o que realmente vale a pena



É difícil dizer o que realmente vale a pena hoje.
Os impulsos nos levam a atitudes pensadas, mas nem sempre sensatas.
O momento nos conduz a caminhos estranhos, lugares confusos e pessoas indecifráveis.

Coisas complicadas me dão preguiça.
Tenho preguiça de gente difícil, tenho preguiça de relações difíceis, e sinto que não vale a pena me mostrar pra pessoas que estão no auge da visibilidade e por isso, tornam-se inviáveis. O inviável nunca vale a pena. Essa distância me dá preguiça.

Muitas vezes brinco com situações inusitadas e algumas atitudes me fazem dizer “Cuidado! Senão apaixono!”. Brincando digo a verdade e brincando vejo e percebo que a verdade assusta.
Toda brincadeira tem um fundo de verdade e dizer a verdade sempre vale a pena.

Vale a pena dormir menos uma noite ou todas as noites, se houver entrosamento.

Vale a pena arriscar um sentimento novo, se houver algum benefício e nesse caso,  amar ou me apaixonar sempre trás benefícios.

Vale a pena usar roupas fechadas pra esconder marcas deixadas por um momento de prazer, e se esse prazer puder ser repetido, daí vale mais ainda. Se não, valeu!

Vale muito a pena arriscar uma relação de anos, por uma paixão enlouquecedora que surgiu num instante, num olhar, pois um momento presente bem vivido vale mais do que qualquer vida passada.

Vale a pena tudo e mais um pouco, quando vale a pena.

Vale a pena ser cada dia uma pessoa diferente, desde que todas elas sejam do bem.

Vale a pena sentir frio na barriga por alguém, desde que esse alguém tenha consciência do que provoca em mim. E sinta o mesmo.

Vale muito a pena tentar crescer de maneira saudável, sem deixar de ser criança.
Vale a pena chorar uma noite inteira, se for pra afogar um sentimento ruim e no dia seguinte, amanhecer inteira e sem vestígios do que me fez sofrer. Mas não vale a pena sofrer por algo sem fundamento.

Não vale a pena dedicar um olhar carinhoso e cheio de desejo se não houver reciprocidade, mas vale muito a pena desejar.

Não vale a pena me deixar marcar por algo sem sentido, tão pouco por alguém sem sentido. Mas vale muito a pena perder os sentidos por alguém.

Decidir o que e se algo vale a pena é muito relativo, extremamente difícil, pois às vezes, em momentos de fraqueza, me pergunto se viver vale a pena. Mas vale sim! Viver sempre vale a pena!

Não vale a pena gastar um dinheirão com cosméticos que ajudam a não envelhecer, se a alma estiver envelhecida. Mas vale muito a pena comprar um brinquedo e me sentir criança, não importando quantos anos tenho.

Não vale a pena me sentir só, quando há tanta gente no mundo, mas vale muito a pena me sentir muito bem acompanhada estando sozinha.

Muitas coisas na vida valem a pena e tantas outras que não valem nada, mas o que realmente importa é se você sente que vale a pena.
Eu acho que sim! E talvez você nem se dê conta disso!