domingo, 24 de outubro de 2010

Adoráveis


Ultimamente, tenho feito muitas críticas ao sexo oposto, se bem que na maioria das vezes, as críticas que faço são somente reflexo de atitudes que nós, mulheres temos.
São reflexo das minhas atitudes!

É fácil criticar um homem que me leva pra jantar e demonstra estar cheio de apetite e querendo me jantar. O difícil é assumir que antes dele chegar a esse ponto, eu instiguei, provoquei, me insinuei e depois me fiz de santa.

É fácil dizer que os homens de hoje não querem assumir relacionamentos sérios, ou se comprometer. Difícil é a mulherada assumir que se liberou tanto, que fica fácil pro cara trocar de mulher como troca de roupa. E não adianta dizer o contrário, porque é fato!

Hoje, peço desculpas aos seres adoráveis que um dia cruzaram meu caminho!
Desculpem-me, porque eu os estraguei! Desmereci, mimei, bajulei demais, pisei em alguns e sofri por outros, até passei conjuntivite pra um, mas não soube me diferenciar das outras mulheres que vagam por esse mundo! Fui uma delas! Sou uma delas!

Veja, não as estou criticando! Estou me criticando!

Uma vez, saindo da faculdade, um estranho me ofereceu carona, e eu, totalmente descabeçada, aceitei a carona!
Por sorte, o cara era legal e realmente só me deu carona (sorte mesmo!). Esse cara, se chamava Marcelo (aliás, tem vários Marcelos que já passaram pela minha vida e todos, sem exceção foram especiais), mas voltando ao assunto, no meio do papo, falei que não queria namorar, que não queria nada com nada e sabe o que ele me disse?! “esse é seu erro! Não importa o que você queira de verdade, mas você nunca deve dizer pra um cara que você não quer nada com nada! Deve sempre dizer que quer namorar, senão, nunca te levarão a sério!”
Pois é! Um desconhecido que me deu carona, de quebra, me deu uma dica importante e só hoje me dou conta disso!

Em função da solidão e do nível de carência que acomete TODAS as solteiras de hoje, nos sujeitamos a situações vergonhosas, que minha mãe, com certeza chamaria de “Putaria”.
Sim! Nos tornamos Putas, só que não cobramos! Pelo contrário! Às vezes, até pagamos!
A carência é tão grande, que pagamos a conta do restaurante, do motel, pegamos em casa e levamos pra casa! Falta só pagar pro cara!
Antes, o cara buscava em casa, levava pra jantar, convencia, pagava o motel e depois deixava na porta de casa. Éramos putas, mas ao menos, não desembolsávamos nada! Ainda havia a possibilidade de ganharmos uma jóia, flores ou qualquer mimo, agora, o papel é invertido!
Gastamos os tubos com lingeries super elaboradas, perfumes caríssimos, depilações super dolorosas, ligamos, insistimos, convencemos, planejamos e executamos!

Vê?! Estragamos totalmente todos os seres adoráveis que existiam na face da terra!
Volto a dizer: Não é culpa deles! É nossa culpa! É Minha culpa!!!

Hoje, vindo pro trabalho, estava ouvindo Mis Boleros Favoritos – Luis Miguel”, prestando atenção na letra das músicas e imaginando um romance como os que ele canta e aí, me dei conta de que romances assim não existem! Pior! Se parasse um Deus ao meu lado no transito e ouvisse Luiz Miguel no meu rádio, ele com certeza me acharia uma perdedora! NINGUÉM MAIS ESCUTA BOLEROS!!! Sabe qual a chance de alguém me achar atraente ouvindo boleros?! NENHUMA!!!

Percebe que coisa difícil?! Sonho com um romance todo elaborado, mas tenho atitude totalmente contrária! Quero ser conquistada (todas nós queremos), mas estou sempre um passo à frente! Facilitando, seduzindo, devorando e se preciso for, pagando!

Adoráveis;
Se ainda existem, por favor, me deixem saber! To cansada de futilidade! Cansei de ser fútil!

Quero alguém pra me buscar em casa, me mandar flores, me mimar, me bajular e tudo mais que tenho direito! Não sei se mereço, mas tenho direito! Não precisa ser um Luiz Miguel, mas se pelo menos gostar de um dos boleros, já ta de bom tamanho!
no sé tú
pero yo no dejo de pensar
ni un minuto me logro despojar
de tus besos tus abrazos
de lo bien que la pasamos la otra vez


no sé tú
pero yo quisiera repetir
el cansancio que mi hiciste sentir
con la noche que me diste
y el momento que con besos construiste


no sé tú
pero yo te he comenzado a extrañar
en mi almohada no te dejo de pensar
con las gentes mis amigos
en las calles sin testigos

no sé tú
pero yo te busco en cada amanecer
mis deseos no los puedo contener
en las noches cuando duermo
sí de insomnio yo me enfermo

me haces falta mucha falta
no sé tú


no sé tú
pero yo te busco en cada amanecer
mis deseos no los puedo contener
en las noches cuando duermo
sí de insomnio yo me enfermo

me haces falta mucha falta
no sé tú

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