sábado, 16 de outubro de 2010

Inevitável



"Quem comanda o futuro de uma relação é quem menos se importa com ela"

Ouvi isso num filme que assisti hoje à tarde e devo dizer que minhas fracassadas experiências amorosas comprovam essa teoria.

É muito fácil estar numa relação puramente sexual quando para nós, mulheres, é realmente claro e muito bem definido que não passa de sexo.
O grande problema é que nós, mulheres, não fazemos só sexo. Tá bom, podemos até segurar a onda por alguns meses mas em determinado momento, se não houver uma segunda opção (e raramente há), acabamos nos apaixonando. Fato!

Mulheres não sabem sair com vários homens ao mesmo tempo, mulheres não conseguem sair com 2 homens, imagine só mais de 2! Há aquelas que dizem ter um para cada dia da semana, como sapato, bolsa ou qualquer outro acessório feminino, mas de verdade, há sempre aquela bolsa que acomoda melhor nossa bagunça, aquele sapato que fica mais confortável e combina com tudo, aquele brinco que faz nossos olhos ficarem mais destacados. Pronto! Sem notar, usamos o mesmo brinco vários dias da semana, a semana inteira, o mês inteiro, até que então, esse brinco vira peça fundamental, marca registrada, algo que nos define.

Assim é quando conhecemos alguém. No começo pode até ser que consigamos diversificar, não querer ver todos os dias, não pensar em ligar a todo momento, mas com o passar dos dias, o que era casual, passa a ter um sentido diferente, um querer bem gostoso, uma ansiedade por um toque de telefone ou uma mensagem e aí, o inevitável acontece. Ficamos entregues e totalmente vulneraveis.

Hoje, meu estado de vulnerabilidade é imenso. Meu telefone não toca, não recebo mensagens, fico triste por dias e dias, até que meu telefone toca e eu, que havia jurado não atendê-lo mais quando ligasse, ou agir de maneira totalmente fria, atendo (quando ele resolve ligar), com a respiração ofegante, com o coração disparado, quase sem voz e me vejo eufórica, feliz, renovada, pela possibilidade de sair com ele por algumas horas.

Isso não aconteceu uma vez. Essa não é a primeira nem a última vez que isso acontece e de verdade, apesar de hoje não estar feliz, apesar de hoje jurar em frente ao espelho que não vou mais me sujeitar a esse papel, sei que inevitavelmente, vou me entregar sempre e quando ele me chamar...


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