domingo, 24 de outubro de 2010

Cinco Segundos


Uma vez, me disseram que se nos primeiros cinco segundos de contato, você não sentir vontade de beijar a pessoa com quem está conversando, então, ela não te atrairá de forma alguma.
Não de uma maneira geral, obvio, porque se for assim, durante uma reunião de negócios você pode sentir vontade e ser levado pelo impulso de agarrar a pessoa que está diante de você e aí complicar tudo.
Refiro-me somente àquelas pessoas com as quais você tem uma conversa mais próxima e uma pré-disposição a enxergá-la com segundas, terceiras e décimas intenções.

Concordo e discordo disso!
Pensamos em sexo, contato físico e necessitamos de carinho praticamente o tempo inteiro. Até mesmo durante o sono!

Já aconteceu diversas vezes de eu estar em uma reunião, no mercado, em qualquer lugar, e de repente, olhar pra alguém e imaginar como seria ter contato com aquela pessoa. Algumas vezes é bom e outras, causa riso.

O fato é que, os cinco segundos, realmente acontecem, mas não necessariamente no primeiro contato.
Pode ser que num segundo olhar, ou num décimo encontro, ou até mesmo no vigésimo copo. A pessoa que está conversando com você pode vir a se tornar atraente em algum momento e você obviamente vai pensar, se imaginar e ter vontade de descobrir como é o beijo, a pegada, o cheiro, etc.

Também pode acontecer de os cinco segundos não durarem mais do que cinco segundos.
Você conhece alguém, se encanta, se sente atraído e por alguma razão, da mesma maneira como a sensação veio, ela vai embora.

Já aconteceu comigo de alguém se encantar por mim nos primeiros cinco segundos e desencantar e eu só me encantar no terceiro encontro.
Houve um desencontro total de desejos, o que resultou numa frustração tremenda.
A parte ruim é que, mulheres são sempre guerreiras, então, tentei, insisti, dei vexame e toda vez que me lembro do dito-cujo, me sinto mal, por ter feito um papelão.

Aprendi a lição! Não insisto mais, por mais que meu dedo coce pra eu ligar, por mais que minha cabeça só pense em procurar, por mais que eu sinta frio na barriga, faço de conta que não é comigo e fico na minha.
Podem ocorrer algumas reações indesejadas, dores de cabeça, palpitações, falta de ar e porres, muitos porres, mas funciona!
Faço papel de boba só pra mim e perante meus amigos de verdade.

O fulano nem fica sabendo!

Se, os cinco segundos dele passaram, então, os meus cinco segundos também passaram! Mesmo que não tenham passado!

Uma amiga me disse que não entende essas “regras” estúpidas de fingir que não quer, quando quer, não ligar quando tudo o que se quer é ouvir a voz do outro, fingir de morto, quando sente cada pedacinho do seu corpo pulsar de desejo...

A dica é simples:
Pense por cinco segundos se vale a pena fazer papel de boba.
Pense por mais cinco segundos o que vai sentir, se a resposta da pessoa não for a que você espera ouvir.
Pense por outros cinco segundos em todas as vezes que fez papel de trouxa por dar atenção a alguém que não merecia.

Já se passaram quinze segundos e você não tomou uma atitude intempestiva, da qual possa vir a se arrepender.
E deu chance de a outra pessoa pensar em você.

Pode ser que você consiga se segurar até a hora do almoço e sem esperar, sem perceber, alguém te olhe por cinco segundos que façam valer uma vida.

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